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Advogado de Proença e Dabó espera que seja feita justiça

Fátima Tchumá Camará6 de janeiro de 2016

As circunstâncias da morte dos guineenses Hélder Proença e Baciro Dabó, em 2009, estão por apurar e os familiares das vítimas querem esclarecimentos e justiça. O advogado, Armando Procel, afirma que "ainda há esperança".

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Procuradoria-Geral da República da Guiné-BissauFoto: DW/F. Tchumá Camará

Volvidos seis anos desde os assassinatos, Armando Procel, o advogado de Hélder Proença e Baciro Dabó, rompe o silêncio. Após se ter encontrado esta terça-feira (05.01) com António Sedja Mam, Procurador-Geral da República, afirmou que "a informação cedida pelo Procurador deixa um manto de esperança de que a justiça seja feita", isto numa altura em que os familiares dos ex-altos dirigentes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) voltaram a pedir esclarecimentos sobre o andamento da investigação. Ainda assim, nem os familiares, nem o Procurador-Geral da República prestaram declarações aos jornalistas.

Guinea Bissau Armando Procel
Armando Procel, AdvogadoFoto: DW/F. Tchumá Camará

Os motivos e circunstâncias do assassinatos são ainda desconhecidos e sabe-se apenas que Proença foi abatido a tiro por um grupo de homens armados a 35 quilómetros de Bissau. Segundo informações a que a DW África teve acesso, o deputado do PAIGC regressaria de Ziguinchor, na República do Senegal, tendo o seu veículo sido intercetado por homens armados, supostamente numa emboscada.

Na madrugada do dia seguinte, o deputado Baciro Dabó, também foi assassinado, na sua residência, em Bissau, por homens fardados e na presença de familiares.

Os atos ocorrerem numa altura em que o país se preparava para as eleições presidenciais. Entre os candidatos estavam os ex-presidentes Malam Bacai Sanhá, Kumba Yalá e Henrique Pereira Rosa, que já faleceram.

Assassinato dos políticos Proença e Dabó não são casos isolados

Na Guiné-Bissau continuam por esclarecer outros assassinatos, como o do ex-Presidente da República, João Bernardo "Nino" Vieira, ou do ex-Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, Batista Tagmé Na Wai e de Roberto Ferreira Cacheu, deputado e dirigente do PAIGC, uma das vozes críticas que clamava justiça para fazer luz a estes casos. Mais tarde e ainda em 2009, Roberto Ferreira Cacheu, acusado de envolvimento numa suposta tentativa de golpe de Estado, desapareceu sem deixar rasto na consequência de uma fuga da sua residência em Bissau que entretanto estava a ser bombardeada por homens armados em plena luz do dia.

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