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Bissau: Governo negoceia dívida e evita corte de energia

Lusa
15 de setembro de 2023

O abastecimento de eletricidade à capital da Guiné-Bissau está assegurado, garante o Governo depois de ter negociado um plano de pagamento da dívida à empresa fornecedora.

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Bissau
Abastecimento de eletricidade à capital da Guiné-Bissau está assegurado, garante GovernoFoto: Creative Commons/Teseum

O abastecimento de eletricidade à capital da Guiné-Bissau está assegurado, garantiu esta sexta-feira (15.09) o Governo depois de ter negociado um plano de pagamento da dívida à empresa fornecedora.

O anúncio é feito dois dias depois de o ministro da Economia e Finanças, Suleimane Seide, ter admitido que a Guiné-Bissau enfrentava a ameaça de corte no fornecimento de eletricidade devido a uma dívida de cerca de 17 milhões de dólares (15,8 milhões de euros) à Karpower, a empresa turca que fornece eletricidade, a partir de um barco.

O Ministério das Finanças divulgou, em comunicado, que o Governo e a empresa turca "sentaram-se à mesa nesta sexta-feira para discutir, entre outras questões, pagamentos de faturas em atraso e analisar o contrato de fornecimento de energia", assinado em 2018.

"As partes comprometeram-se a estabelecer um plano de pagamento de faturas em atraso e a Karpower prometeu continuar a fornecer a energia", informa o Ministério das Finanças, sem avançar pormenores sobre o referido plano.

Na reunião participaram os titulares dos ministérios da Economia e Finanças e da Energia e Indústrias e os secretários de Estado do Orçamento e Assuntos Fiscais e do Tesouro, e representantes da empresa estatal Eletricidade e Águas da Guiné-Bissau (EAGB) e da empresa turca.

Geraldo Martins, primeiro-ministro da Guiné-Bissau
Governo de Geraldo Martins quer a "renegociação do contrato" com a KarpowerFoto: privat

Governo quer a "renegociação do contrato"

Segundo o comunicado do Governo, o ministro da Energia e Indústria, Isuf Baldé, "questionou a forma como foi assinada a adenda ao contrato, que aumenta o fornecimento de eletricidade, sem que o país tenha ainda condições de consumir a quantidade" em causa.

O ministro das Finanças, já tinha atribuído, na quarta-feira, a fatura em dívida a esta adenda feita ao contrato inicial, que quase duplica a quantidade de energia fornecida, de 17 megawatts para 30 megawatts mensais.

“Mas o país não consome 30, o gasto nunca ultrapassa os 22 mensais, o que significa que está a pagar cerca de oito megawatts todos os meses que são faturados e não consumidos”, explicou.

O novo Governo, que tomou posse há pouco mais de um mês, quer a “renegociação do contrato” e transmitiu esta condição na reunião com a empresa fornecedora de energia, garantindo, no entanto que “vai assumir as responsabilidades com as dívidas encontradas”.

O Ministério das Finanças faz ainda saber que a empresa pública EAGB “enfrenta uma situação financeira difícil, que vai conduzir a uma intervenção do Governo para evitar a interrupção do fornecimento de energia à cidade de Bissau”.

A empresa turca Karpower assinou em 2018 um contrato com o Governo da Guiné-Bissau, através do qual fornece energia elétrica à capital do país e arredores, a partir de um navio que se encontra ao largo da cidade de Bissau.

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