Boxe: de punho cerrado contra a velhice
Nem diabetes, nem tensão arterial elevada param as senhoras sul-africanas de mais de 60 anos do clube de boxe “Boxing Gogos” em Johanesburgo. Duas vezes por semana calçam as luvas e combatem para manter a forma.
Senhoras com garra
No clube “Boxing Gogos” em Cosmo City, na periferia da metrópole sul-africana Joanesburgo, são as avós que calçam as luvas de boxe. Gladys Ngwenya, de 77 anos, e Constance Ngubane, de 79, na foto em pleno exercício, afirmam que nunca perdem uma sessão de treino.
Famosas em toda a cidade
Cerca de 80 mulheres treinam no clube, que é cada vez mais popular. O treinador Claude Maphosa, que fundou o clube há quatro anos, planeia introduzir mais programas para as séniores em Cosmo City e nos arredores.
Combate aos problemas de idade
O treino de hora e meia em Cosmo City gira em torno do boxe, construção muscular e manutenção da forma. Desde que as mulheres praticam o pugilismo têm menos problemas típicos da idade como diabetes, tensão arterial elevada ou dores nos ossos. Todas asseveram que os treinos regulares ajudam a manter a forma.
"Adoro o pugilismo"
Ntombizodwa Twala tem 85 anos. Mas desde que começou com o pugilismo sente-se forte e saudável, como contou numa entrevista com o canal de televisão árabe Al Jazeera. E por isso continua a treinar com genica – contra a vontade dos filhos e netos, que temem que ela se magoe.
O mito da fragilidade
O treinador Maphosa está entusiasmado com o trabalho que desenvolve com as mulheres. “Nunca tinha treinado ninguém com idade tão avançada. Pensava que as mulheres idosas eram frágeis. Mas elas têm muito mais garra do que se imagina,” disse Maphosa à emissora pública britânica BBC.
Alegria de viver e segurança
Para além de ajudar as avós pugilistas a manter a forma, o programa ensina também a autodefesa. “Se alguém me tentar atacar, vou bater-lhe com muita força”, disse Mable Makhosi, de 67 anos, numa entrevista à BBC.
Combate pela autoconfiança
O treino de pugilismo não ajuda apenas a tonificar os músculos, também aumenta a autoconfiança. Não admira, pois, que as avós queiram continuar no boxe enquanto puderem.