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Cabo Delgado luta contra abandono de tratamentos de HIV

Eleutério Silvestre (Pemba)31 de agosto de 2015

Rendimentos baixos, longas distâncias até centros de saúde e efeitos secundários dos medicamentos antirretrovirais levam muitos pacientes com HIV a desistir do tratamento. Algo que as autoridades querem combater.

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Medicamentos antirretroviraisFoto: DW/E.Silvestre

Rendimentos baixos, auto-discriminação e mudança de residência. São estas as principais causas que levam os pacientes com HIV/SIDA a abandonar os tratamentos, de acordo com as autoridades de saúde de Cabo Delgado, no norte de Moçambique. Algo que acontece principalmente nos primeiros seis meses do início do tratamento, considerados críticos, devido aos efeitos secundários dos medicamentos.

Por isso, as autoridades estão a intensificar as ações de sensibilização e consciencialização das comunidades sobre a necessidade dos pacientes continuarem o tratamento com antirretrovirais.

Para combater o abandono do tratamento, as autoridades estão ainda a disponibilizar medicamentos através das unidades sanitárias mais próximas dos pacientes. E também estão a formar mais ativistas, para garantir que os doentes não desistam dos tratamentos.

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"Estamos a fazer um trabalho envolvendo agentes polivalentes elementares, ativistas comunitários para que todo o adulto que inicia TARV [terapia com antirretrovirais] e todo o paciente com infeção de HIV tenha um acompanhamento especial nos primeiros seis meses", explica Ernesto Langa, supervisor do programa de combate ao HIV/SIDA em Cabo Delgado.

É necessário envolver toda a população

O coordenador do núcleo provincial de combate ao HIV/SIDA de Cabo Delgado, Teles Jemuce, diz que o envolvimento comunitário é a melhor ferramenta para reverter o quadro de abandono dos tratamentos.

"Não só o tratamento melhora a qualidade de vida das pessoas, como é uma forma de prevenção."

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Diagnóstico precoce é crucialFoto: DW/E.Silvestre

Marcos Mapinguissa, coordenador em Cabo Delgado da MONASO - Rede de Organizações contra o HIV/SIDA, tem uma opinião semelhante.

"Uma sensibilização permanente poderia ajudar as pessoas a manterem-se no tratamento", afirma.

No primeiro semestre deste ano, pouco mais de sete mil pacientes iniciaram o tratamento com antirretrovirais.

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