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Chuvas em Angola causam mais de 80 mortos

Borralho Ndomba (Luanda)21 de abril de 2016

O último balanço dos Serviços de Proteção Civil e Bombeiros angolanos dá conta de 42 mortos na Huíla, 29 no Huambo e 17 em Luanda. No entanto, o número de vítimas poderá subir. O mau tempo deverá continuar.

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Rua Deolinda Rodrigues em LuandaFoto: DW/B. Ndomba

Só em Luanda, mais de 28 mil residências ficaram inundadas e, pelo menos, 800 famílias ficaram desabrigadas, devido às chuvas torrenciais dos últimos dias, segundo a Angop, a agência oficial angolana.

Dados provisórios dos Serviços de Proteção Civil e Bombeiros angolanos dão conta do desabamento de 609 residências. Além disso, ficaram inundadas 78 escolas, 14 colégios, 17 esquadras policiais e 11 postos de transformação elétrica e nove árvores foram derrubadas.

Na capital angolana, Viana, Cacuaco, Cazenga e o distrito do Kilamba Kiaxi são as zonas mais críticas. Populares desesperados clamam por ajuda: "A minha casa está cheia de água. Não tenho para onde ir. Tenho netos aqui em casa", queixa-se uma cidadã.

Poderá haver mais vítimas

Juntamente com Luanda, as províncias sul da Huíla e centro de Huambo constituem o cenário mais preocupante.

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"Podemos identificar a província da Huíla com 42 mortos, Huambo com 29, Luanda que tem uma estatística atual de 17. Mas acredito que nos próximos tempos vai aumentar”, afirmou António Vicente, diretor nacional do Serviços de Proteção Civil e Bombeiros, em declarações à Televisão Pública de Angola.

“Deve-se ter muita vigilância principalmente com as crianças, porque o que assistimos é que a grande parte das vítimas mortais são crianças", aconselhou António Vicente.

O Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica de Angola (INAMET) prevê chuvas moderadas para os próximos dias para as províncias norte de Cabinda, Zaire, Uíge e Luanda. “O que está previsto, durante esta semana, é haver cenários semelhantes, com uma tendência para um abrandamento da intensidade. Por outro, vamos ter um abaixamento gradual das chuvas, mas naturalmente está previsto cair mais alguma quantidade”, disse Domingos Nascimento, director do INAMET.