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Dentistas alemães dão assistência médica gratuita

Nélio dos Santos (Cidade da Praia)16 de outubro de 2015

Dentistas alemães da organização "Dentistas Sem Fronteiras" fazem tratamentos gratuitos às populações carenciadas na capital cabo-verdiana. A DW África foi ao dentista conhecer o projeto.

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Foto: DW/N. dos Santos

No centro de saúde de Ponta de Água, na Cidade da Praia, dez pessoas, jovens e adultos, estão à espera de serem atendidas. Não querem falar à imprensa, uns por vergonha e outros porque têm dor de dentes. Aguardam pela saída de dois pacientes que se encontram na sala de consultas.

Os três dentistas e dois assistentes (todos da Alemanha), apoiados por dois dentistas cabo-verdianos, não têm mãos a medir. Diariamente atendem uma média de 25 pessoas.

"Esta equipa pertence à organização caritativa 'Dentistas sem Fronteiras'. Nas próximas semanas e meses, iremos enviar regularmente equipas de dentistas para apoiar e ajudar os colegas cabo-verdianos na solução dos problemas dentários nestas ilhas", diz o chefe da equipa, o Dr. Klaus Fackler, entre consultas. A entrevista é curta. Facker tem de atender o próximo paciente.

Kap Verde Zahnärzte ohne Grenzen
Osias Fernandes (esq.) e Dr. Klaus FacklerFoto: DW/N. dos Santos

Neste centro de saúde, as consultas dentárias são gratuitas. Fazem-se aqui limpezas, restaurações, extrações dentárias e tratamento de canal dentário.

O projeto tem como público-alvo pessoas carenciadas, nomeadamente, crianças, jovens e adultos até 35 anos de idade, idosos, diabéticos, hipertensos e grávidas.

Procura maior que oferta

"Infelizmente, não podemos atender todos ao mesmo tempo. Mas estamos a fazer um esforço para atender o máximo de pessoal que pudermos", diz Osias Fernandes, coordenador do Programa cabo-verdiano de Saúde Oral, que acompanha a equipa alemã. "A nossa intenção é colocar mais pessoas. Quanto mais pacientes pudermos atender, melhor para a população de Cabo Verde."

O projeto dura cinco anos.

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"Em princípio, a equipa vai ficar connosco cá na Ilha de Santiago por dois anos. Nos restantes três anos, os dentistas vão percorrer o território nacional", explica Fernandes.

"Quanto o protocolo foi assinado, a organização alemã deslocou-se à China e comprou quatros consultórios móveis, que trouxe para cá com todo o material necessário para atender os pacientes. No final, a intenção é doar esse material ao Ministério da Saúde."