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Especialistas começam a fiscalizar desarmamento da RENAMO

Madalena Sampaio / Lusa29 de outubro de 2014

Peritos militares devem começar esta quarta-feira a acompanhar o processo de desarmamento do braço armado da RENAMO. Partido insiste na aprovação de um “modelo de integração” dos seus homens nas forças de segurança.

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Foto: Jinty Jackson/AFP/Getty Images

Os 93 especialistas militares, 23 dos quais estrangeiros, vão começar esta quarta-feira (29.10) a trabalhar nas cinco províncias escolhidas para o acompanhamento do desarmamento, segundo anunciou José Pacheco, o chefe da delegação governamental que negociou o processo com a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO).

Nove países, entre os quais Portugal, integram a Equipa Militar de Observadores Internacionais da Cessação das Hostilidades Militares (EMOCHM) que irá fiscalizar o processo de desmilitarização do principal partido da oposição moçambicana.

Outra das tarefas dos peritos militares será a monitorização da integração dos membros da RENAMO no exército moçambicano e na polícia ou a passagem à vida civil dos que já não possuem aptidões físicas para integrar as forças da ordem.

O desarmamento faz parte do acordo que o líder da RENAMO, Afonso Dhlakama, e o Presidente moçambicano, Armando Guebuza, assinaram a 5 de setembro último para pôr fim a cerca de um ano e meio de confrontos entre os homens armados do partido da oposição e as Forças de Defesa e Segurança do país.

Trezentas vagas para a RENAMO

Ao abrigo do acordo de paz, o Governo moçambicano anunciou segunda-feira (27.10) que vai disponibilizar 300 vagas no exército e na polícia para os homens do braço armado da RENAMO.

José Pacheco
José Pacheco, chefe da delegação governamental no diálogo com a RENAMOFoto: DW/L. Matias

Serão abertos 200 lugares nas Forças Armadas e Defesa de Moçambique e outros 100 na polícia, explicou José Pacheco, chefe da delegação governamental no diálogo com a RENAMO, no final da 82.ª ronda de negociações iniciadas com o partido da oposição.

José Pacheco afirmou ainda que o total de vagas anunciado é mais do que suficiente para abrigar o que se convencionou chamar “força residual da RENAMO”.

RENAMO insiste em “modelo de integração”

A RENAMO ainda não enviou a lista com os nomes dos homens que pretende integrar nas forças de defesa e segurança. O partido alega que o que está em causa não é o número, mas sim o modelo da incorporação dos seus elementos.

Saimone Macuiane
Saimone Macuiane, o chefe da delegação da RENAMO nas negociações com o GovernoFoto: DW/Leonel Matias

“É preciso que as duas delegações aprovem um modelo de enquadramento e integração”, disse recentemente em entrevista à DW África o chefe da delegação da RENAMO nas negociações com o Governo, Saimone Macuiane.

Logo que o modelo seja aprovado, “tudo vai ser feito”, assegurou ainda o responsável da RENAMO.

Saimone Macuiane explicou também que só se procederá ao desarmamento dos homens da RENAMO depois da sua integração nas forças de defesa e segurança.

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