1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW
DesastresMoçambique

Naufrágio: Presidente Filipe Nyusi vai à Ilha de Moçambique

10 de abril de 2024

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, desloca-se esta quarta-feira à Ilha de Moçambique, província de Nampula, onde no domingo um naufrágio provocou a morte de 98 pessoas. Governo decretou três dias de luto nacional.

https://p.dw.com/p/4ebDC
Filipe Nyusi, Presidente de Moçambique
Foto: Phill Magakoe/AFP/Getty Images

Filipe Nyusi já se encontra em Nampula, onde irá participar nas celebrações muçulmanas do Ramadão. Em declarações à imprensa, na terça-feira (09.04), no Aeroporto de Nampula, o chefe de Estado disse que iria hoje à Ilha de Moçambique.

O Conselho de Ministros decretou três dias de luto nacionalna sequência da morte de 98 pessoas, vítimas do naufrágio de domingo (07.04), que seguima numa embarcação que transportava 130 pessoas. Duas pessoas continuam desaparecidas e 29 sobreviveram.

Reunido na terça-feira, o Conselho de Ministros criou uma comissão de inquérito para aprofundar as causas e as responsabilidades no naufrágio. Além disso, condenou a onda de desinformação que originou o acidente.

"O Governo condena a desinformação sobre a propagação da cólera no posto administrativo de Lumbo, o que propiciou a retirada em massa para outros locais, principalmente por via marítima.", afirmou o porta-voz do Executivo, Filimão Suaze.

O Governo moçambicano agradeceu também a solidariedade popular prestada no salvamento e socorro às vítimas da tragédia.

Naufrágio em Nampula provocou a morte de 98 pessoas
O Governo decretou três dias de luto nacional na sequência da morte de 98 pessoasFoto: TVM/AFP

Cumprimento das medidas de segurança

O provedor de Justiça, Isaque Chande, alertou para a necessidade de observar as medidas de segurança em qualquer tipo de transporte.

"Eu mesmo como cidadão tenho de tomar as minhas próprias medidas para evitar pelo menos aquelas situações extremas", disse. "É verdade, compreendo a pressão que a nossa população tem, mas às vezes temos de esperar e pensar: não é melhor esperar, tem que ir necessariamente neste barco?"

O partido no poder, a FRELIMO, lamentou o acontecimento "marcante” que provoca "profunda tristeza", disse o secretário-geral Roque Silva. E deixou um apelo: "A todos aqueles que se fazem ao mar, e particularmente aqueles que são detentores de embarcações que usam para o transporte de pessoas no mar, para que observem aquilo que são as regras de navegação de modo a evitar que possamos perder vidas por coisas que sejam evitáveis."

A RENAMO, o maior partido da oposição, quer mais apoios do governo aos familiares dos afetados pelo acidente. "Endereçar a nossa solidariedade e pedir a Deus todo poderoso que possa consolar os corações que estão a sofrer e, acima de tudo, o governo que possa intervir para ajudar as famílias que precisam neste momento por causa desta situação", disse o presidente da Comissão Política, Alfredo Magumisse.

O Conselho de Ministros indicou ainda que no terreno está uma equipa multisetorial que se está a dedicar na assistência aos sobreviventes.

"E também os responsáveis das empresas Itransmar e INAMAR, o diretor nacional da saúde pública e outros quadros do estado de nível central e local, com o objetivo de monitorizar a situação no local e providenciar assistência necessária aos sobreviventes e as famílias enlutadas.”, informou o porta-voz Filimão Suaze.