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Guiné-Bissau e Cabo Verde voltam a estar de mãos dadas

Nélio dos Santos (Cidade da Praia)28 de janeiro de 2015

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, está em Cabo Verde para retomar formalmente as relações de cooperação entre os dois países.

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Foto: Margarito Melo

A visita do primeiro-ministro guineense "marca o início da retoma das relações entre a Guiné-Bissau e Cabo Verde, relações que queremos que sejam de excelência", afirmou José Maria Neves.

Há cerca de três anos que cabo-verdianos e guineenses, sobretudo empresários, esperavam por este anúncio agora feito pelo primeiro-ministro de Cabo Verde.

As relações de cooperação entre os dois países estiveram suspensas desde o golpe de Estado de 12 de abril de 2012, protagonizado pelo general António Indjai, contra o Governo de Carlos Gomes Júnior.

Com as relações já normalizadas, Cabo Verde vai nomear um embaixador para a Guiné-Bissau, revelou José Maria Neves.

Domingos Simões Pereira bei José Maria Neves 26.01.2015 in Praia
Domingos Simões Pereira (esq.) e José Maria Neves no início da visita de três diasFoto: Margarito Melo

Além disso, o primeiro-ministro cabo-verdiano anunciou a retoma das ligações aéreas Praia - Bissau. "Eu gostaria que os voos fossem retomados o mais rapidamente possível", disse. "Estão a ser preparadas as condições" para isso. Neves está também interessado numa ligação marítima entre as duas capitais.

"O povo cabo-verdiano sofreu connosco"

O primeiro-ministro guineense saudou a abertura que encontrou em Cabo Verde. A visita "assume uma importância especial, num momento em que a Guiné reconquista a estabilidade, a normalidade constitucional", afirmou Domingos Simões Pereira. "Por isso, desde logo vim testemunhar ao senhor primeiro-ministro a minha satisfação e agradecimento, porque nunca deixámos de sentir o acompanhamento do povo e do Governo de Cabo Verde. Sempre sentimos que o povo cabo-verdiano sofreu connosco."

Simões Pereira aproveitou para pedir à diplomacia cabo-verdiana que estenda as suas ações a favor da Guiné-Bissau, "não só em relação às reformas internas que são necessárias mas no acompanhamento das várias situações que vamos querer levar ao mundo e partilhar com os nossos parceiros."

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A visita de três dias do primeiro-ministro guineense termina esta quinta-feira (29.01) com a assinatura de uma série de acordos e memorandos.

Energias renováveis, saúde, educação, formação profissional, ensino superior, turismo, pescas, reforma do Estado, modernização da Administração Pública e Previdência Social são algumas das áreas que os dois Governos querem ver reforçadas as relações de cooperação.

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