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Imprensa alemã destaca os desafios na República Centro-Africana

Marcio Pessôa7 de março de 2014

Devolução de ossos apreendidos na Namíbia durante período colonial e julgamento de Oscar Pistorius também foram temas cobertos pelos principais jornais alemães na semana.

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Foto: Fotolia

O Frankfurter Allgemeine Zeitung noticiou que a Escola Superior de Medicina de Berlim devolveu 21 crânios e ossos dos Herero, Nama, San, Damara e Ovambo para seus representantes da Namíbia. Eles foram levados para a Alemanha entre 1898 e 1913 para uma espécie de "pesquisa de raças".

Estariam entre os ossos, restos mortais de 20 mulheres, sete homens e duas crianças. Há referências de cinco pessoas que teriam sido mortas durante a guerra colonial entre 1904 e 1908. A maioria, no entanto, teve morte natural enquanto outras mortes foram ocasionadas por violência.

A mesma matéria também foi abordada por Der Tagesspiegel, salientando que, ainda na terça-feira (04.03), 14 crânios da coleção histórica da Universidade de Freiburg foram entregues. Para o Conselho Central da Comunidade Africana na Alemanha isto é muito pouco.

Tal organização montou com outras uma iniciativa para evitar a anistia contra o que chama de genocídio, exigindo que o governo alemão peça perdão pelos crimes cometidos na época colonial.

O Governo, por sua vez, não convidou os descendentes das vítimas nem abriu ao público o momento da entrega por alegado "medo de protestos por reparação", escreve o jornal.

Exuberância e fragilidade

Die Zeit publicou a matéria "Lá fora é uma selva", de autoria de Wolf Alexander Hanisch. O longo texto apresenta detalhadamente as "Montanhas da Lua" no Uganda como um lugar fabuloso, uma das mais maravilhosas paisagens do mundo.

Salienta, no entanto, as dificuldades de chegar e permanecer no local devido às baixas temperaturas e à s chuvas insistentes, que acabam significando um grande obstáculo para aqueles turistas que gostam de longas caminhadas e aventura.

Die Tageszeitung destacou os desafios enfrentados pelo governo de transição da República Centro-Africana para restabelecer as instituições do Estado. Os escritórios públicos foram todos danificados e saqueados durante o conflito.

Muitas salas não têm sequer uma mesa, cadeiras, papel ou canetas - dificilmente um computador. O texto da enviada a Bangui, Simone Schlindwein, enfatiza a figura protagonista da presidente Catherine Samba-Panza no momento em que um Estado frágil enfrenta profunda crise política e econômica.

Julgamento começou

O Berliner Zeitung também comenta a participação dos soldados alemães na República Centro-Africana. O jornal destaca que se trata de uma presença tímida, uma vez que são 20 oficiais alemães num contingente de 12 mil soldados das tropas de paz da ONU. A União Africana também participa com 6 mil militares.

Também foi destaque o Bild Zeitung o julgamento do atleta paralímpico Oscar Pistorius, de 27 anos, que começou na Segunda-feira (3/3) na África do Sul.

O jornal ressaltou que o advogado do corredor, Barry Roux, cobra honorários de 3 mil euros por dia. A matéria publicou alguns depoimentos de testemunhas da acusação.

O Süddeutsche Zeitung também observa os esforços de Mark Zuckerberg, dono do Facebook, para preparar a entrada dos países africanos mais pobres na Internet.

O jornal informa que a idéia agora é comprar a empresa Titan Aerospace para construir Drones movidos à energia solar. As aeronaves funcionariam como satélites que proveria acesso à Internet em áreas remotas.

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O conflito na República Centro-AfricanaFoto: Sia Kambou/AFP/Getty Images
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