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Imprensa alemã faz ampla cobertura da crise na Nigéria

Marcio Pessôa6 de junho de 2014

Além de destacar os ataques do Boko Haram e a inoperância nigeriana frente à crise de segurança, os jornais alemães fizeram reportagens sobre o maior campo de refugiados do Quênia e as deserções na Eritréia.

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Foto: Fotolia

A imprensa alemã seguiu, nesta semana, dedicando espaço às ações do Boko Haram na Nigéria. Die tageszeitung destacou a investida anti-terrorista do Governo dos Camarões. A reportagem de Dominic Johnson descreve o movimento de três mil homens do exército camaronês que caçam combatentes do Boko Haram em seu território, que durante muito tempo serve de santuário para os radicais.

Nigeria Protest Boko Haram Entführung
Protesto contra o Boko HaramFoto: picture-alliance/AP Photo

Süddeutsche Zeitung destacou que o Governo nigeriano tem tentado silenciar os seus críticos. O jornal publica que o que está a acontecer no norte da Nigéria neste momento pode ser chamado de “falha do governo”.

“A ira do povo contra o Presidente Goodluck Jonathan está a crescer e o Governo de Abuja quer agora tomar medidas contra aqueles que estão a articular esta raiva”, escreve o periódico.

A reportagem também salienta que, cada vez mais, as pessoas tem ido às ruas fazer manifestações, apelando para que as mais de 200 estudantes sequestradas sejam levadas de volta às suas famílias.

Dois mundos

O mesmo jornal também publicou a resenha do livro “Americanah”, de Chimamanda Ngozi Adichie. A matéria intitulada “Qual é a cor da pele afinal?” é de autoria de Dana Buchzik. A critica diz que o novo trabalho transita entre uma narrativa palatável e um discurso político. Os protagonistas da obra transitam entre mundos díspares – a Nigéria e os Estados Unidos.

Conta a história de Ifemelu e Obinze, dois amantes na Lagos dos anos 1990. Ifemelu acaba indo para os Estados Unidos para estudar e enfrenta várias dificuldades como uma imigrante nigeriana.

Morando de forma precária, sem amizades consistentes e passando por dificuldades financeiras, acaba se prostituindo. Assim, uma odisseia se inicia.

Eritreas-Flüchtlinge in Nord-Äthiopien
Campo de refugiados da Eritreia no norte da EtiópiaFoto: DW/Getachew Tedla Hailegeorgis

Der Freitagpublica a matéria “Geração perdida” que conta a história dos homens que fogem do serviço militar e são caçados pelo Estado na Eritréia. No entanto, a história destes ex-soldados podem se tornar dramáticas durante a fuga - ou pela chance de serem capturados ou pelos riscos de saírem do país e serem sequestrados por quadrilhas nômades no deserto.

Muitos, no entanto, acabam optando por migrar para a Europa. A ONU calcula que existam hoje 4 mil jovens que fugiram do serviço militar na Eritreia.

Estrela dos negócios

OFrankfurter Allgenmeine Zeitung dedicou uma página a Nonkululeko Nyembezi-Heita. Ela é a chefe da maior empresa de aços da África, a Arcelor Mittal, e bastante conhecida na África do Sul.

Sua imagem já estampou a capa de algumas revistas de personalidades internacionais. No entanto, na Alemanha ele ainda não é tão famosa. Conforme a matéria, ela é hoje a nova pessoa de confiança do empresário alemão Lars Windhorst.

Kenia Dadaab, Somalische Flüchtlinge
Campo de refugiados de DadaabFoto: Getty Images

O Neue Zürcher Zeitung publicou a reportagem “Intérpretes profissionais do campo de refugiados”. Relata que no campo de refugiados de Dadaab no Quênia, iniciou-se um curso para intérpretes.

Os refugiados que participam das aulas tem a esperança de ter uma vida profissional fora do campo. A reportagem é assinada por Markus Haefliger, enviado especial a Dadaab.

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