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João Lourenço empossa 32 ministros

Lusa
30 de setembro de 2017

Presidente angolano nomeia um ministro a mais em relação ao executivo de José Eduardo dos Santos. Em discurso, chefe de Estado diz que desafio é grande e que ministros devem trabalhar para "melhor servir os angolanos".

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João Lourenço, presidente de AngolaFoto: Getty Images/AFP Photo/A.Rogerio

O Presidente de Angola, João Lourenço, pediu "trabalho" aos 32 ministros empossados este sábado (30.09) em cerimónia no palácio presidencial, em Luanda. Segundo o chefe de Estado, o desempenho dos novos representantes irá ditar a avaliação da qualidade das escolhas feitas pelo Governo.

"Nós confiamos na vossa capacidade. É evidente que é cedo para concluir se acertamos na composição deste executivo", declarou João Lourenço, no final da cerimónia de posse do novo Governo. "Será pelo nosso trabalho, pelos nossos resultados, que a sociedade nos vai julgar e concluir, daqui a algum tempo, se, efetivamente, este foi ou não o melhor executivo escolhido."

O novo governo angolano passa a contar com 32 ministros, um a mais do que na gestão de José Eduardo dos Santos. Assim, o presidente angolano descumpriu a promessa de reduzir o quadro de ministérios. Além disso, nove dos ministros ocupam os mesmos cargos que tinham no executivo anterior. Dos 32 ministros, oito foram promovidos de secretários de Estado à posição de ministro e 11 são mulheres. Foram também nomeados 18 governadores provinciais, sendo que 13 foram reconduzidos ao cargo que já ocupavam.

Três ministros atuarão como chefes de Estado, nomeadamente, Manuel Nunes Júnior, na pasta do Desenvolvimento Económico e Social, Pedro Sebastião, com as funções de chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, e Frederico Manuel dos Santos e Silva Cardoso, como chefe da Casa Civil.

"Sabemos que temos os olhos, não só dos angolanos mas também do mundo, postos em nós, a julgar pelas grandes expectativas criadas à volta do que este executivo fará nos próximos anos. Temos um desafio muito grande a enfrentar e a vencer, que é, entre outros, o desafio da diversificação da nossa economia, o desafio do combate às assimetrias regionais, o desafio de garantir maior oferta de bens e de serviços para as nossas populações, o desafio de garantir maior emprego para as cidadãos angolanos, em particular para os nosso jovens", exortou João Lourenço.

"É preciso servir o povo angolano"

Em alusão ao tema da campanha eleitoral do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), João Lourenço disse que o Governo tem o "desafio de melhorar o que está bem e corrigir o que está mal". "Essa palavra é nossa e nós temos que ser otimistas ao ponto de pensar que somos capazes, sim", enfatizou o chefe de Estado.

Mantêm as mesmas pastas do executivo anterior, nomeado por José Eduardo dos Santos, Ângelo de Barros da Veiga Tavares (ministro do Interior), Augusto Archer Mangueira (Finanças), Marcos Alexandre Nhunga (Agricultura e Florestas), Bernarda Martins (Indústria), João Baptista Borges (Energia e Águas), Augusto da Silva Tomás (Transportes), Victória de Barros Neto (Pescas e do Mar), José Carvalho da Rocha (Telecomunicações e Tecnologias de Informação) e Carolina Cerqueira (Cultura).

"Procurámos também, para além da competência dos quadros, e com bastante atenção, garantir um certo equilíbrio do género. Com certeza que não atingimos as metas que seriam de desejar, mas fizemos o melhor possível no sentido de garantir essa grande representatividade do género neste primeiro executivo", observou o chefe de Estado.

Apelando ao "contributo de toda a sociedade" e dos "angolanos de boa-fé" para o trabalho do novo Governo, João Lourenço exortou os ministros agora empossados a funcionarem em "equipa", para assim "cumprirem com o programa de Governo", no sentido de "melhor servir o povo angolano".

O Ministério da Defesa Nacional, que no Governo anterior era liderado por João Lourenço, passa a ser tutelado por Salviano de Jesus Sequeira, enquanto Manuel Domingos Augusto é promovido de secretário de Estado a ministro das Relações Exteriores.

Adão de Almeida assumiu como ministro do Território e Reforma do Estado. Diamantino Pedro Azevedo assume o cargo de ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, duas pastas que no Governo anterior estavam separadas. Antes na pasta da Geologia e Minas, Francisco Queiroz mantém-se no Governo, agora como ministro da Justiça e dos Direitos Humanos.

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