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Lutero Simango tenta travar saída de militantes do MDM

Marcelino Mueia
11 de julho de 2023

O líder do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Lutero Simango, não conseguiu acalmar os ânimos em Gurué, na província da Zambézia. Desde a semana passada, há relatos da saída de membros do partido da autarquia.

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Lutero Simango, líder do Movimento Democrático de Moçambique (MDM)
Foto: Marcelino Mueia/DW

Depois de a DW noticiar na terça-feira passada (04.07) que cerca de 1.500 membros daquele movimento terão migrado para o partido Nova Democracia, o presidente do MDM partiu para Gurué com uma comitiva composta por membros da comissão política nacional e outras figuram importantes do nível provincial do partido.

O objetivo de Lutero Simango foi sensibilizar aqueles membros para regressarem ao MDM, mas a tentativa de dialogar fracassou, confirma o delegado político distrital do partido na autarquia de Gurué, Francisco Alberto Namame.

"O presidente Lutero Simango entregou-se na totalidade e de coração aberto para que se pudesse ter um diálogo e ver qual seria o consenso. Eles negaram ir ao encontro do presidente. É um jogo que está a ser feito e é uma questão de serem enganados por um partido para poderem desequilibrar o voto do MDM", afirma Namame.

"O presidente foi claro ao dizer que veio para resolver este problema e não para ser recebido por muita gente", acrescenta.

Além de não dialogar com os dissidentes, Lutero Simango também não conseguiu convencer Orlando Janeiro, o antigo edil de Gurué, a manter-se no partido MDM junto ao seu elenco. O líder da terceira força política moçambicana teve de nomear outra figura para encabeçar a lista nas eleições autárquicas de outubro e Orlando Janeiro manterá a sua posição na Nova Democracia (ND).

Cerca de 1.500 membros do MDM terão já migrado para a Nova Democracia (imagem ilustrativa)
Cerca de 1.500 membros do MDM terão já migrado para a Nova DemocraciaFoto: Marcelino Mueia/DW

Tentativa de desestabilização do MDM

Para Francisco Namame, há uma tentativa de desestabilização do Movimento Democrático de Moçambique por parte de dissidentes e adversários políticos.

"No MDM o ambiente está calmo, não há problemas porque os que criavam confusão são esses poucos que alegaram estar numa outra organização política e o MDM está a fazer as suas atividades normalmente", diz o delegado político distrital do partido em Gurué.

Esta terça-feira (11.07), várias figuras do Movimento Democrático de Moçambique, na província da Zambézia, partem em direção à cidade da Beira, em Sofala, para participar na reunião da comissão política nacional, na qual serão definidos os cabeças de lista do partido para todas as autarquias moçambicanas.

Na cidade de Quelimane, a escolha será entre Listano Evaristo, José Lobo e Calisto Chiura.

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