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Moçambique: Crise financeira atinge setor da saúde

14 de março de 2017

Pacientes queixam-se da falta de medicamentos em Inhambane, no sul de Moçambique. Cidadãos têm de alugar viaturas para conseguir ter acesso a cuidados de saúde.

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Mosambik Ambulanz in  Inhambane
Foto: Luciano da Conceição

Dificuldades orçamentais deixam vários hospitais da província de Inhambane, no sul de Moçambique, em uma situação difícil. Devido à falta de combustível para as ambulâncias, há doentes que têm de alugar viaturas particulares para se poderem deslocar a uma unidade sanitária.

Essa foi a opção de Argentina Azarias, residente na cidade de Maxixe, para poder levar a sua filha ao hospital. Mas essa não foi a única dificuldade.

"Alugámos um carro para chegar ao hospital. Chegámos no hospital e ela [a filha] passou um pouco mal, porque não tinha luz e estava tudo escuro. As enfermeiras para poderem ajudar no parto tiveram que ligar o telefone. Foi um pouco difícil”, conta.

Falta de medicamentos

Moçambique: Crise financeira atinge setor da saúde

Os problemas de funcionamento devem-se aos cortes orçamentais para o setor da saúde. Nos últimos dois anos, vários países, que eram tradicionais parceiros no apoio a Moçambique, cortaram o financiamento.

A falta de salários para os funcionários de saúde está também a prejudicar o atendimento aos doentes, segundo Sónia Guimarães. "Há enfermeiros que tratam bem os doentes, mas há aqueles que maltratam mesmo os doentes. É de lamentar”.

Esta residente no distrito de Zavala queixa-se ainda da falta de medicamentos nas farmácias públicas: "[o hospital só tem medicamentos como] Paracetamol e Ibrofene. Para outro tipo de medicamento, temos que recorrer às farmácias privadas”.

Longas esperas

Em algumas unidades sanitárias, os pacientes chegam a esperar mais de quatro horas para serem atendidos, conta Ana, do distrito de Massinga. "Os pacientes chegam aglomerar-se por mais tempo à espera dos técnicos. E, muitas vezes, quando os técnicos chegam primeiro eles ficam lá nos gabinetes deles. Eles é que sabem o que estão a fazer. Mais tarde é que vê fazer o atendimento”.

A DW África tentou, sem sucesso, ouvir o diretor provincial da saúde em Inhambane, Naftal Matusse.

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