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Mototaxistas fazem-se à estrada sem capacete

Manuel Luamba (Luanda)29 de setembro de 2015

Os mototaxistas dizem que o capacete é desconfortável, mas os passageiros não se sentem seguros. A Associação de Motoqueiros e Transportadores de Angola está bastante preocupada com a situação.

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Mototaxistas em LuandaFoto: DW/M. Luamba

Angola tem a terceira maior taxa de sinistralidade rodoviária do mundo, segundo a Direção Nacional de Viação e Trânsito do Ministério do Interior. Essa é a segunda maior causa de morte no país, depois da malária. Mas muitos mototaxistas não usam capacetes.

António Firmino, 23 anos, dois dos quais ao serviço de mototaxi, reconhece a importância do capacete, mas admite que não o usa: "Não me sinto bem. Usando ou não, a polícia sempre nos prende". Sapalo Fernando, 22 anos, kupapata desde 2007, adianta que se sente sufocado sempre que usa capacete. "Perturba o pensamento", diz. Mas "tem momentos em que eu uso."

No entanto, quando os mototaxistas não usam capacete, os passageiros sentem-se desprotegidos.

"Eles têm de usar capacetes", diz uma cidadã. "Prefiro andar de táxi", comenta outra.

Associação de Motoqueiros preocupada

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Bento Rafael, presidente da Associação de Motoqueiros e Transportadores de Angola (AMOTRANG) mostra-se bastante preocupado com a situação.

"Não temos dinheiro para cobrir tantas despesas com mortes e ferimentos graves por parte dos motociclistas em todo o território nacional."

Rafael afirma que a associação vai fazer uma campanha de sensibilização com os seus associados. E não só para usar capacete. A AMOTRANG quer promover cursos sobre as regras de segurança e sobre o código da estrada: "Planeamos instaurar salas [de formação] em todas as comunas do país."