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Níger: Milhares de pessoas protestam contra o regime

AFP | gs
4 de fevereiro de 2017

Acusam o Governo de má gestão, de ser responsável pelo aumento do custo de vida e contestam a presença de tropas ocidentais.

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Niamey foi palco de protestos, organizados pela sociedade civil, também em 2015Foto: DW/M.Kanta

Em resposta ao apelo de várias organizações da sociedade civil, professores, alunos, funcionários municipais e comerciantes percorreram as ruas de Niamey, este sábado (04.04), em protesto contra o regime do Presidente Mahamadou Issoufou. No final da marcha, reuniram-se frente ao Parlamento gritando, na língua local, que "a vida é muito difícil" no país.

Há meses em greve, os funcionários municipais reclamaram o pagamento de seis e sete meses de salários em atraso. Os comerciantes mostraram a sua indignação perante a destruição de várias lojas, barracas e restaurantes pelo município de Niamey. Militantes da oposição participaram também na manifestação, que acabou por se dispersar pacificamente.

Os manifestantes exigiram também a anulação de um acordo, assinado em 2014, que concede ao grupo francês Bolloré o monopólio da manutenção de dois importantes entrepostos aduaneiros em Niamey, o que provocou um significativo aumento de impostos.

Os manifestnates protestaram ainda contra a presença de bases militares da França, Estados Unidos e Alemanha, que oficialmente se dedicam à luta contra o terrorismo no Mali e na Líbia.

Situado na regão do Sahel, o Níger é um país quase totalmente desértico, dos mais pobres do mundo. A sua economia é afetada pela queda, nos mercados internacionais, do preço do petóleo (que modestamente produz desde 2011) e do preço do urânio (grande produtor mundial).

Uma parte dos recursos do país destina-se à luta contra os jihadistas do Mali e o grupo nigeriano Boko Haram, que frequentemente realiza ataques no Níger.

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