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Observatório Eleitoral Angolano elogia dia da votação

27 de agosto de 2017

O Observatório considera exemplar a forma como os cidadãos se comportaram. CNE lança farpas à oposição.

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Foto: Getty Images/AFP/M. Longari

O representante do Observatório Eleitoral Angolano (OBEA), o jurista Inglês Pinto, fez uma compração com todas as eleições já realizadas em Angola, apontando que  houve "melhorias significativas" no processo eleitoral deste ano. Ainda segundo o jurista, os angolanos exerceram o direito do voto num ambiente de tranquilidade.

"Em relação ao cidadão, enquanto angolano, elogio a postura cívica e urbana dos meus compatriotas. Elogio também o funcionamento do ponto de vista técnico de organização de todos os agentes envolvidos, desde o agente de segurança e ordem pública", disse numa declaração, este sábado (26.08), na Escola Nacional de Administração, em Luanda.

Ao contrário de outras instituições que observaram as eleições em Angola, a OBEA  não fez qualquer pronunciamento sobre a contagem dos votos, reiterando que continua a acompanhar todo o processo neste período pós-eleitoral até à declaração final dos resultados.

"Desta forma apelamos a todos os agentes eleitorais, com particular destaque à Comissão Nacional Eleitoral (CNE), partidos e coligação de partidos, a tudo fazerem no sentido de se manter o estrito cumprimento da lei", apelou o jurista angolano.

Oposição não reconhece resultados

Apesar dos elogios do OBEA, a oposição tem vindo a criticar os resultados provisórios divulgados pela CNE, que dão conta da vitória do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) com 61,05% dos votos.

Angola Luanda, Isaías Samavuka - UNITA
Isaías Samakuva, líder da UNITAFoto: DW/A. Cascais

A União Nacional para a Independência Tital de Angola (UNITA), a Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE) e o Partido de Renovação Social (PRS) afirmam ter dados diferentes da contagem dos votos, tendo por base as atas síntese e de operações que estão a compilar, enviadas pelos delegados de lista presentes nas 12.512 assembleias de voto, que incluem 25.873 mesas de voto, no dia 23 de agosto.

Isaías Samakuva, líder e cabeça-de-lista da UNITA às eleições gerais, afirmou, este sábado (26.08), que não reconhece a validade aos resultados provisórios divulgados pela CNE. O partido do Galo Negro garante que vai divulgar até segunda-feira (28.08) dados da contagem que realiza.

CNE alerta para "informações não verídicas"

Em jeito de resposta às críticas da oposição, Júlia Ferreira, porta-voz da CNE, afirmou que "a tarefa de apuramento e escrutínio não se reconhece aos partidos políticos". "A CNE continua engajada no cumprimento estrito e rigoroso da Constituição angolana e da lei", sublinhou Júlia Ferreira.

Julia Ferreira Sprecherin Wahlkommission Angola
Júlia Ferreira, porta-voz da CNEFoto: António Cascais

A porta-voz da CNE alertou que circulam "informações não verídicas". Essas informações "infundadas" "têm circulado a vários níveis, distorcendo um pouco aquilo que é a realidade deste processo, aquilo que são os dados oficiais deste processo", acrescentou Júlia Ferreira.

"Não queremos que os nossos eleitores, não queremos que os nossos cidadãos, não queremos que a nossa sociedade seja desinformada, muito pelo contrário. Isto seria um prejuízo, não só para os eleitores como para os próprios apoiantes dos partidos políticos", sublinhou a porta-voz da CNE, insistindo que o processo eleitoral está a ser conduzido "com base na lei". 

Os últimos dados provisórios referem que atrás do MPLA, com 61,05% dos votos, encontra-se a UNITA, com 26,72%, seguida da CASA-CE com 9,49% e PRS com 1,33% da votação.

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