1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Oito mortos e 18 feridos em combates tribais na Líbia

AFP | Lusa | cvt
13 de maio de 2018

Números referem-se a confrontos deste fim de semana. Lutas entre tribos rivais que abalaram cidade ao sul do país mataram mais de 31 pessoas, desde o começo de maio.

https://p.dw.com/p/2xeMB
zum Thema Libyen
Combatentes da tribo TebuFoto: DW/Karlos Zurutuza

Oito pessoas foram mortas no fim de semana quando a violência explodiu em Sebha, cerca de 600 quilômetros ao sul de Trípoli, segundo fonte média ouvida pela agência noticiosa AFP, acrescentando que outras 18 ficaram feridas nos confrontos.

Segundo fonte médica ouvida pela agência EFE, as vítimas foram levadas ao hospital da cidade de Sebha depois que os bairros que habitavam foram cenário de uma troca de tiros de artilharia entre o clã árabe de Awlad Sulaiman e tribos Tebu, que controlam a parte oriental da fronteira sul do país.

Sebha, onde as rivalidades tribais frequentemente se transformam em derramamento de sangue, tem sido abalada pela violência desde fevereiro.

No sábado (12.05), as tribos rivais lutaram pelo controle de uma antiga cidadela no topo de uma colina, com vista para Sebha, uma região conhecida por suas rotas de contrabando.

"Os confrontos deste sábado explodiram entre os Tebu e as forças do sexto batalhão nos arredores da fortaleza da cidade, em Al Hamiyya", que foi finalmente conquistada pelos primeiros.

Os Tebu, que são repetidamente acusados pelos seus detratores de incluir combatentes estrangeiros, nomeadamente do Chade, nas suas fileiras.

Fajis al-Sarradsch Libyen
O primeiro-ministro da Líbia, Fayez al-Sarraj Foto: Imago

Palco constante de confrontos

Desde o início de maio, mais de 31 pessoas foram mortas e 121 ficaram feridas nos confrontos tribais, disse fonte médica sob condição de anonimato à agência AFP.

A missão da ONU na Líbia (UNSMIL) expressou repetidamente preocupação com a escalada dos combates.

Em comunicado divulgado em sua conta no Twitter no sábado, a UNSMIL declarou estar "profundamente perturbada com a escalada mais recente em Sebha".

Ainda no comunicado, a UNSMIL escreve que deplora a morte de "alguns civis" nos confrontos e pediu que os dois lados observem restrições.

O primeiro-ministro Fayez al-Sarraj também pediu um cessar-fogo em Sebha.

A Líbia tem sido dominada pelo caos desde que uma revolta apoiada pela Otan derrubou e matou o antigo ditador Mouammar Kadhafi em 2011, com administrações rivais e múltiplas milícias disputando o controle do país rico em petróleo.

Um governo de unidade apoiado pela ONU, baseado na capital Trípoli e liderado por Sarraj, está a lutar para afirmar sua autoridade fora do Ocidente, e o militar forte Khalifa Haftar controla grande parte do leste.

Mercado de escravos na Líbia

Saltar a secção Mais sobre este tema