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Quénia: Supremo valida presidenciais e vitória de Kenyatta

EFE | Lusa | Reuters | AFP | DPA | AP | tms
20 de novembro de 2017

Justiça rejeita pedidos de anulação das presidenciais, alegando que recursos da oposição não têm fundamentos. Raila Odinga diz que tribunal foi "coagido" para tomar esta decisão.

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Posse de Uhuru Kenyatta deve ocorrer a 28 de novembroFoto: Reuters/B. Ratner

O Supremo Tribunal do Quénia rejeitou nesta segunda-feira (20.11) dois recursos que pediam para que as eleições presidenciais do dia 26 de outubro fossem consideradas inválidas. A decisão confirma que Uhuru Kenyatta se mantém no poder.

"O tribunal decidiu por unanimidade que os recursos não têm fundamento. Sendo assim, a eleição presidencial de 26 de outubro é considerada válida e a reeleição de Kenyatta confirmada", disse o presidente do Supremo, David Maraga.  

Após a decisão de hoje, Kenyatta, que governa interinamente desde agosto, poderá tomar posse no seu cargo oficialmente no próximo dia 28 de novembro.

O líder da oposição queniana, Raila Odinga, diz que a decisão do Supremo não o surpreende. "Antes desta decisão, já havíamos declarado que consideramos este Governo como ilegítimo e não o reconhecemos. Esta posição não foi alterada pela decisão do tribunal", afirmou Odinga, que considera que o tribunal foi "coagido".

A oposição contestava estas eleições argumentando, entre outras razões, que o resultado deveria ser anulado porque a Comissão Eleitoral era a mesma da votação do 8 de agosto, que foi invalidada pelo Supremo devido a iregularidades.

Kenia - erneute Proteste in Nairobi
Apoiantes da oposição durante manifestação em Nairobi na sexta-feira (17.11)Foto: Getty Images/AFP/Y. Chiba

Manifestações e violência 

Depois do anúncio do Supremo Tribunal nesta segunda-feira, manifestantes passaram a coupar as ruas da cidade de Kisumu, que concentra apoaintes de Odinga, segundo relata a agência de notícas AFP. 

No fim de semana, outros protestos foram registados em Mathare, periferia de Nairobi, depois que quatro pessoas foram encontradas mortas na rua. O local tem sido alvo de violentos confrontos desde as presidenciais de 8 de agosto, anuladas pela justiça.

O chefe de polícia de Nairobi, Japheth Koome, disse que a causa das quatro mortes ainda não está clara. No entanto, a oposição afirmou que os quatro foram mortos a tiros, e os residentes irritados culparam membros da tribo Kikuyu de Kenyatta.

Com o número de mortos deste fim de semana, quase 100 pessoas morreram em conflitos pós-eleitorais. A maioria das vítimas foram manifestantes da oposição, que foram alvos da polícia durante os protestos.

As últimas presidenciais, de 26 de outubro, foram organizadas após a anulação da votação que decorreu em agosto, e confirmam a reeleição do chefe de Estado, Uhuru Kenyatta.