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Quatro alegados membros da RENAMO assassinados em Inhambane

7 de junho de 2017

Segundo a polícia, os autores dos crimes não foram ainda identificados. População com receio que o conflito armado recomece. RENAMO não comenta, por enquanto, a situação.

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Tofo
Província de Inhambane (Foto de Arquivo) Foto: DW/Johannes Beck

Quatro membros supostamente pertencentes ao maior partido da oposição em Moçambique, a RENAMO, foram assassinados e abandonados numa floresta na Província de Inhambane, no sul do país. A polícia da República de Moçambique confirma a informação e diz que os corpos foram descobertos, na semana passada, pela população.

Segundo Simeão Machava, porta-voz do comando provincial da Polícia da República de Moçambique, estima-se que os quatro corpos encontrados pertençam a pessoas, do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 25 e os 40 anos. "[Os corpos] estavam amontoados e foram descobertos pela população, uma vez que se trata de uma zona onde não há muita circulação de viaturas”, afirmou.

População com receio

Os residentes da região vivem agora com medo, não sabendo o que pode ter acontecido, uma vez que as vítimas não são daquela zona.

Em entrevista à DW África, Mónica Chuma, residente em Mavume, conta que, naquela semana, circulou uma viatura com militares [por ali]. Dias depois, foram encontradas pessoas mortas, por isso está com medo que o conflito armado recomece. "Encontrámos os corpos em Mabaina e fomos avisar a polícia no posto administrativo de Mavume. Alguns dias antes de encontrarmos esses corpos passou uma viatura com militares e não sabemos se foram eles ou não que mataram estas pessoas”, afirmou.

Quatro supostos membros da RENAMO assassinados em Inhambane

Joaquim Alberto, outro residente de Mavume, diz que não sabe o que pode ter acontecido e quem são as vítimas. "Não sei se são bandidos ou se são da RENAMO. Não é bem nessa estrada que os corpos foram encontrados mas sim num pequeno desvio para uma outra estrada que dista quatro quilómetros. Estou a ficar com medo”, dá conta.

O líder comunitário local e o chefe do posto administrativo foram proibidos de falar neste assunto à imprensa, como explica um dos líderes locais que solicitou o anonimato.Também o administrador e o comandante do distrito de Funhalouro negaram dar informações à DW. Já o porta-voz da RENAMO, António Muchanga, não afirma nem desmente o desaparecimento dos quatro membros da sua formação política. Muchanga remeteu para mais tarde uma informação detalhada por parte do seu partido.

Assassinos não foram identificados 

Os autores do crime não foram ainda identificados. Segundo a polícia, é ainda prematuro "tirar conclusões”, na medida em que as investigações estão em curso. "Pode perturbar o andamento normal do trabalho investigativo que a equipa está a fazer com vista a apurar as circunstâncias que levaram aqueles cidadãos a morrer e como chegaram os corpos àquele local”, explica.

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