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Sobe para 358 número de mortos em atentado na Somália

EFE | Lusa
21 de outubro de 2017

Ministério da Informação da Somália divulga ainda que 228 pessoas ficaram feridas e 56 estão desaparecidas. Presidente do país promete declarar "estado de guerra" contra o grupo extremista Al-Shabab, diz fonte militar.

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Atentado com camião armadilhado aconteceu perto do hotel Safari, no centro de MogadíscioFoto: Getty Images/AFP/M. Abdiwahab

O número de mortos no atentado com um camião armadilhado em Mogadíscio na semana passada subiu para 358, anunciou este sábado (21.10) o Ministério da Informação da Somália.

"O ataque deixou 642 vítimas, incluindo 358 mortos, 228 feridos e outras 56 pessoas desaparecidas", afirmou o ministro da Informação, Abdirahman Omar Osman.

Um total de 122 pessoas gravemente feridas foram transportadas para Turquia, Quénia e Sudão para receber tratamento médico.

Destruição e desespero em Mogadíscio

A primeira explosão aconteceu no último sábado (14.10) próximo ao hotel Safari, localizado na interseção K5, uma das áreas mais populares da capital somali e sede de escritórios governamentais.

Um segundo ataque semelhante foi registado no mesmo dia ao lado de um mercado perto da antiga sede da companhia aérea nacional Somalia Airlines, no distrito de Wadajir.

"Estamos em guerra"

Uma fonte militar citada pela agência AP disse que o Presidente da Somália, Mohamed Abdullahi Mohamed, vai declarar "estado de guerra" contra o grupo extremista Al-Shabab, que é acusado de ter sido responsável pelos ataques. O Presidente espera receber o apoio dos Estados Unidos na ofensiva militar.

O porta-voz do exército somali, Abdullahi Iman, afirmou que a ofensiva vai envolver milhares de tropas que vão tentar retirar extremistas do Al-Shabab das regiões de Shabelle, de onde se acredita que foram lançados vários ataques contra Mogadíscio e bases da União Africana. O grupo extremista, no entanto, não assumiu responsabilidade pelos ataques.

O ataque a Mogadíscio foi um dos mais mortais na África Subsaariana, maior do que o perpetrado na Universidade de Garissa, no Quénia, em 2015, e os ataques às embaixadas dos Estados Unidos no Quénia e na Tanzânia, em 1998.

De acordo com analistas locais, os problemas internos do governo e o distanciamento com a cúpula do Exército permitiram que o Al-Shabab recuperasse a capacidade de atacar em grande escala.