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Somália: Atentado em Mogadíscio faz 27 mortos

Reuters | AP | AFP | gs | mjp
29 de outubro de 2017

Dois veículos explodiram no sábado (28.10) nas imediações de um hotel na capital somali e o edifício foi invadido por cinco homens armados. A milícia Al-Shabab já reivindicou a autoria do ataque.

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Ataque em Mogadíscio (28.10.2017)Foto: picture-alliance/AP Photo/F. Abdi Warsameh

Na sequência da explosão de dois carros armadilhados e subsequente ataque, reivindicado pelo grupo extremista al-Shabab, contra um hotel do centro da capital da Somália, pelo menos 27 pessoas, segundo o mais recente balanço das autoridades. 30 pessoas ficaram feridas.

As forças de segurança acabaram já na manhã deste domingo com a ocupação do hotel por cinco extremistas, que invadiram o edifício depois da explosão de um carro junto ao portão de entrada na tarde de sábado, escreve a agência Associated Press. 

Após as explosões, testemunhas descreveram uma troca de tiros e a área à volta do Nasa Hablod Hotel 2 foi evacuada pelas forças de segurança. O capitão da polícia, Mohamed Hussein, disse à agência Associated Press que as forças de segurança estavam a combater os extremistas que se encontravam no topo do hotel, que fica nas imediações do Palácio Presidencial e é frequentado por políticos e outros membros da elite de Mogadíscio. Os atacantes terão lançado granadas e cortado a eletricidade do edifício ao início da noite.

Segundo o capitão Mohamed Hussein, três atacantes foram mortos e dois foram capturados.

Despedimentos nas forças de segurança

Somalia Mehrere Tote bei Anschlag mit zwei Fahrzeugbomben in Mogadischu
Rasto de destruição deixado pelo ataque reivindicado pela Al-ShababFoto: picture alliance/AA/S. Mohamed

O atentado deste sábado teve lugar duas semanas depois de mais de 350 pessoas terem morrido naquele que foi considerado o pior ataque na Somália.

Entretanto, o Governo da Somália despediu os chefes da polícia e dos serviços secretos na sequência do novo ataque em Mogadíscio.

De acordo com um comunicado emitido este domingo (29.10) pelo gabinete do primeiro-ministro, o chefe da polícia Abdullahi Mohamed Ali e o general Abdihakim Said foram despedidos depois de a sua continuidade ter sido votada pelo Governo.

Em busca de apoio no combate ao extremismo

Desde o ataque de 14 de outubro, o Presidente Mohamed Abdullahi Mohamed visitou vários países da região a fim de obter mais apoio para lutar contra os extremistas islâmicos.

A força multinacional da União Africana de 22 mil soldados, que se encontra na Somália, deverá sair do país e deixar a segurança nas mãos dos militares somalis até 2020. Oficiais norte-americanos já manifestaram preocupação, dizendo que as forças somalis não estão preparadas. Os Estados Unidos reforçaram a luta contra os extremistas no país, tendo desencadeado, só este ano, 20 ataques com drones.

Destruição e desespero em Mogadíscio