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TACV: Pagamentos aos trabalhadores serão "reprogramados"

Lusa | tms
23 de junho de 2018

A companhia aérea pública cabo-verdiana (TACV) informou, este sábado (23.06), que está a reprogramar as indemnizações aos trabalhadores dispensados na reestruturação da empresa e assegurou cumprir condições acordadas.

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A declaração da TACV surge depois de um dos sindicatos representante dos trabalhadores ter acusado, na passada sexta-feira (22.06), a companhia de falhar o prazo para o pagamento das referidas indemnizações.

Em conferencia de imprensa, o Sindicato de Indústria, Transportes, Telecomunicações, Hotelaria e Turismo (SITHUR) afirmou que os prazos para o pagamento das indemnizações terminaram a 10 e 14 de junho, considerou o atraso injustificado e exigiu o pagamento imediato das indemnizações sob pena de recorrer a tribunal. 

O sindicato questionou também o paradeiro do empréstimo de 13,5 milhões de euros que o Governo disser ter contraído para indemnizar os trabalhadores. 

"Os objetivos da redução de custos serão cumpridos e não há motivos para a SITHUR querer insistir em transmitir sinais negativos, que em nada abonam todo o esforço feito até o momento", prossegue a empresa.

Fluggesellschaft Icelandair
Grupo islandês passou a gerir a TACVFoto: Getty Images/AFP/A. Klein

A administração da empresa disse ainda que o valor do empréstimo está a ser usado para "indemnizar os trabalhadores, mas também para assegurar as condições necessárias para a mudança de base e para garantir a formação dos recursos humanos que permita manter e converter a tripulação para poder operar aviões jato". 

A agência Lusa contactou os serviços de comunicação da TACV para obter mais esclarecimentos relativamente à referida reprogramação dos desembolsos das indemnizações, não tendo obtido resposta até ao momento.

Reestruturação

No âmbito do processo de reestruturação da TACV, o Governo assinou com o grupo islandês Icelandair um contrato de gestão para preparar a empresa para a privatização, surgindo o grupo como o mais forte parceiro para a operação.

Além do despedimento de mais de 200 trabalhadores e do empréstimo comercial de 13,5 milhões de euros para o pagamento das indemnizações, a reestruturação da companhia aérea levou o Governo a negociar com o Banco Mundial a disponibilização de fundos, que deveriam estar disponíveis no primeiro trimestre, para liquidar este financiamento.

Com um passivo acumulado de mais de 100 milhões de euros, a companhia, que mudou a sua base operacional da capital cabo-verdiana para a ilha do Sal, assegura agora apenas as ligações internacionais depois de ter sido cedido à Binter Cabo Verde o mercado doméstico.

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