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Élber gostaria de estar com a seleção em La Paz

Marco Justo Losso7 de novembro de 2001

Atacante se diz preocupado com sua situação e revela que recebeu ordens do Bayern para não se apresentar.

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Élber queria dar uma força ao time brasileiroFoto: AP
O atacante do Bayern de Munique e da Seleção Brasileira, Giovane Élber, afirmou em entrevista à Deutsche Welle que gostaria de estar concentrado com o grupo que viaja nesta terça-feira para La Paz. Élber declarou também que não foi autorizado pelos dirigentes nem pelos médicos do Bayern a viajar para fazer exames no Brasil. "Eles me examinaram e disseram que a lesão no joelho não é grave, mas precisa de cuidados e pode piorar caso não receba o tratamento adequado", revelou o brasileiro.

Com relação a sua participação nessa etapa decisiva para a classificação do Brasil para a Copa do Mundo do próximo ano, no Japão e na Coréia, Élber disse que gostaria muito de estar concentrado com a equipe na Bolívia. "Essa é uma fase muito importante, queria estar junto do grupo para dar uma força, fazendo parte do time, mesmo não podendo jogar", garante.

Hoeness e retaliação - Élber confirmou ainda que falou com o diretor técnico Antônio Lopez e o médico José Luiz Runco, revelando a posição dos dirigentes e da equipe médica do time alemão. "Expliquei minha situação para o Lopes e para o Runco e não recebi nenhuma ameaça direta deles."

Élber rechaçou qualquer influência de Uli Hoeness, diretor do Bayern, sobre sua conversa com os dirigentes brasileiros. Hoeness teria dito aos dirigentes e ao técnico Felipe Scolari que "se um jogador não pode jogar no Campeonato Alemão (Bundesliga), não pode jogar em nenhum lugar". "Não recebi nenhuma orientação ou pressão do Hoeness para dizer qualquer coisa à CBF, não tenho nada a ver com a briga dos dois gigantes", ressaltou o atacante, referindo-se ao conflito CBF-Bayern por sua liberação.

Apesar disso, Élber mostrou-se temeroso por uma possível retaliação no futuro. "Fico com medo de não ser lembrado nas próximas convocações por causa desses problemas. Espero que o professor Scolari e os dirigentes da CBF olhem com cuidado essa situação e que não haja um 'esquecimento' de meu nome no futuro", concluiu o atleta.