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200 mil falências na Europa; quase 50 mil na Alemanha

Neusa Soliz5 de fevereiro de 2002

As falências aumentaram 5,9% na Europa em 2001. A Alemanha teve um novo recorde, com cerca de 50 mil casos, que representaram a perda de meio milhão de empregos.

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Aviões da Swissair e da Sabena, duas das principais falências em 2001Foto: AP

O número de falências aumentou na Europa pelo segundo ano consecutivo. Houve 199.500 casos de falência em 2001, informou a Consultoria de Informações Econômicas Creditreform, nesta terça-feira, em Düsseldorf. O aumento foi de 5,9% em relação a 2000.

Aproximadamente 1,4 milhão de pessoas (contra 1,1 milhão em 2000) perderam o trabalho com o fechamento das empresas, segundo Michael Bretz, da Creditreform.

As mais estrondosas

- A onda também atingiu algumas grandes empresas. A maior falência européia foi a da Swissair, com 70 mil funcionários, seguida da Railtrack britânica, a companhia aérea belga Sabena e o fabricante francês de eletrodomésticos Moulinex.

A grande maioria das falências, contudo, atingiu firmas pequenas. O setor mais representado foi o de prestação de serviços, especialmente as firmas de software. Na Alemanha, por exemplo, 41% das firmas eram deste setor. Uma de cada cinco empresas européias falidas era da área da construção civil.

Recorde na Alemanha, que perdeu 500 mil empregos

A Alemanha foi o país com maior número de falências: 49.600 casos, sendo 32.400 empresas e 17.200 pessoas físicas, que também podem declarar insolvência pelas novas leis alemãs. Com o aumento de 18,7%, a Alemanha atingiu um novo recorde no pós-guerra e passou a Grã-Bretanha para trás na lista de países com o maior número de falências.

As falências na Alemanha causaram um prejuízo econômico de 32,2 bilhões de euros. Novas falências em 2002 poderão custar mais 550 mil empregos no país.

Na Holanda, tida como país modelo em matéria de novas iniciativas empresariais, o número de falências aumentou quase 50%. A Irlanda e a Dinamarca vêm a seguir, com 33% e 34%, respectivamente. Apenas em cinco países diminuíram as falências: Espanha, França, Finlândia, Suíça e Áustria.

Perspectivas para 2002 - A consultoria não conta com uma melhora este ano. Não é de se excluir um encarecimento dos créditos para as empresas de porte médio. Diante das incertezas quanto à conjuntura e à consolidação dos mercados de capitais e institutos de crédito, as falências na Europa poderão aumentar para 210 mil em 2002.