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A gente se diverte

Ulrich-José Anders / ms12 de novembro de 2002

A banda Fury in the Slaughterhouse em bate-papo com a Deutsche Welle: Cristof, Hannes e Thorsten falam sobre o projeto multimídia, comida salgada e planos para um novo álbum.

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O redator Anders (esq.), em entrevista com Cristof, Thorsten e HannesFoto: DW

DW: O que os fãs dos "furiosos" podem esperar do novo DVD Monochrome?

Cristof, Hannes e Thorsten: "Duzentos minutos de filme, sendo que 80 minutos de um show gravado especialmente para este DVD, tudo em versão interativa e sem esquecer do projeto de curtas sobre o novo álbum, o The Colour Fury. São cinco curtas de diretores conhecidos, com atores mais conhecidos ainda, que fazem parte do nosso círculo de amizades. E ainda, é claro, o impreterível documentário sobre o back stage com interessantes entrevistas, enfim, um pacote completo.

E não esquecendo do CD do show ao vivo, feito para que o DVD não acabe demolido no CD-player do carro. E uma embalagem com uma capa superbonita.

Faz pouco tempo que vocês lançaram um álbum novo, agora vem o DVD - está um pouco com cara de despedida...

Não, nada disso! Nós acabamos de assinar um contrato novo que vale para os próximos anos. Se os nossos fígados agüentarem, a banda vai chegar aos 20 anos de existência. A não ser que a gente se mate durante o próximo álbum, que vamos produzir sozinhos.

Estamos na estrada há 15 anos e uma das coisas mais importantes é que procuramos um desafio novo, entramos por caminhos desconhecidos e fizemos uma tentativa. A gente precisa estar sempre em busca de novos desafios. O pior que te pode acontecer é cair na rotina.

Mas como um projeto de multimídia combina com o que vocês estão fazendo agora? Vocês estão praticamente percorrendo o país de ônibus e tocando com equipamento de músicos de rua.

Tudo combina perfeitamente. Tem a ver com as sessões de autógrafos e a viagem de divulgação, onde damos uma entrevista aqui e acolá. Isso tudo é muito legal, mas o que nós sabemos fazer bem? O que nós sabemos fazer bem é música. A gente se diverte, por isso juntamos tudo. Até agora está dando certo.

Com a turnê pela América do Norte, em meados dos anos 90, a gente ficou com a impressão: agora eles estão se dispersando um pouco. Para vocês também é assim, que vocês estejam se reencontrando como banda?

No momento sem dúvida é assim. Mesmo que três meses atrás a gente quase tenha dissolvido a banda. A gente gosta do que faz. É uma coisa instigante. Eu acho que nenhum de nós pode se imaginar fazendo outra coisa que não seja música. Enquanto a gente tiver a impressão de estar fazendo alguma coisa de valor para a banda, será assim.

Atritos fazem parte de uma boa união?

Claro que sim. É como salgar a comida... o gosto varia de pessoa para pessoa.

The Colour Fury

e Monochrome soam como se fosse ocorrer uma ruptura: a Fury antes e a Fury depois. Como vocês vêem o futuro?

Nós vamos fazer cinco meses de pausa com a Fury para cada um de nós poder viver a sua vida pessoal, inclusive no aspecto musical. O nosso plano é produzir sozinhos o próximo álbum. É um desafio e tanto, não contar com nenhuma ajuda externa. Isto é uma ruptura? Eu não sei. Talvez seja mais uma volta aos ideais dos tempos em que fazíamos músicas em porões.