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Adolescentes palestinos: de férias, longe da guerra

rf13 de agosto de 2002

Resultado de iniciativa particular, o projeto Férias de Verão traz jovens à Alemanha com o apoio da Igreja Luterana.

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Na Palestina, a violência faz parte do cotidiano da juventudeFoto: AP

Adolescentes entre 13 a 16 anos, vindos de sete cidades diferentes da Palestina, tiram "férias da guerra" na Alemanha. O projeto surgiu de uma iniciativa particular e está sendo apoiado pela Igreja Luterana de Bensberg, onde estes adolescentes ficam acomodados até o dia 18 de agosto.

Um dos encarregados, Ahmed Albaba, estudante palestino de Psicologia e Judaísmo, conta que a idéia nasceu em Jerusalém e teve início em março deste ano. O principal objetivo é fazer com que adolescentes possam se entreter e conhecer uma alternativa de vida, sem o uso da violência. "Eu observei que esses jovens são muito abertos e carinhosos com as pessoas. O que mais me surpreende é que muitas pessoas não esperam que eles ainda possam sentir tanta alegria assim", declara Ahmed.

Acompanhamento educativo

O quadro de programas de entretenimento é feito com um acompanhamento educativo. Educadores dão toda assistência a estes jovens, que aprendem o alemão, brincam de encenar, participam de jogos e fazem muitas pinturas, onde o cotidiano cinzento das bombas e helicópteros se reflete em cores.

Os educadores responsáveis procuram fazer com que eles aprendam a lidar com as obrigações da vida diária, como por exemplo arrumar a mesa ou até mesmo ajudar na cozinha. Depois dos deveres cumpridos, eles brincam livremente e aproveitam o clima do jardim da igreja.

Previsões positivas

Os participantes do projeto estão trabalhando com muito entusiasmo e pretendem trazer mais jovens para passar férias na Alemanha em futuro próximo. Famílias árabes e alemãs já demonstraram interesse e querem colaborar, oferecendo hospedagem a meninos e meninas que venham a participar do projeto.

Adolescentes crescem no meio de ódio e rancores do passado

Desde do início da segunda Intifada, em setembro de 2000, mais de 1500 palestinos e cerca de 600 israelenses foram mortos. Quase que diariamente são anunciados atentados suicidas de palestinos e invasões israelenses em territórios palestinos. Crianças tornam-se vítimas do terror e convivem com a violência, o medo e a perda. Muitas delas nunca tiveram uma vida "normal". São adultos do amanhã, que crescem com rancores do passado.