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Adriano ajuda Brasil a superar segundo "parto" no Mundial

(rw)19 de junho de 2006

Mídia alemã atribui vitória contra Austrália também à sorte, embora veja pequena melhora no desempenho verde-amarelo. Diário de Colônia sugere não escalar Ronaldo contra Japão.

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Ronaldo continua sendo assunto na imprensa alemãFoto: AP

Jornal Bild: Difícil 2 x 0 contra a Austrália

Show de magia? Festa do futebol? Que nada! O Brasil decepcionou com um 'samba gorducho'. Ronaldinho & Cia venceram sem brilho. Parreira voltou a escalar "Ronalducho", que em sua primeira partida na Copa havia se movimentado como o Pão de Açúcar, isto é, nada!

Desta vez, tudo correu um pouquinho melhor. Às vezes ele servia a bola; noutras, chutava a gol ou era vítima de falta. Doeu também ver o jogo.

Isso torna compreensível que as atenções tenham se voltado às arquibancadas, onde estava Maradona. Embora gritasse 'Brasil, Brasil', não parecia tão empolgado!

No segundo tempo, Maradona retirou-se. Em compensação, o Brasil apareceu em campo e marcou. Na sua substituição, Ronaldo ganhou aplausos de Parreira e vaias dos torcedores. O segundo gol, nem tão sensacional, foi do recém-substituído Fred.

O que mais chamou a atenção? O árbitro Markus Merk. Na pausa, o juiz alemão trocou a camisa vermelha por uma cinza, para ser melhor visto. Ele teve um bom desempenho. Não se pode dizer o mesmo do Brasil...

Revista Kicker Online: "Seleção" nas oitavas

O treinador da seleção brasileira voltou a escalar Ronaldo, sem dar atenção às críticas à forma física do jogador. O Brasil parecia superior em campo, mas não conseguia passar pela defesa australiana. Os 'socceroos' armaram em primeira linha uma defesa estável. O caminho em busca do gol brasileiro não foi sua prioridade.

Sport.de: Minimalistas do Brasil


Graças ao 'papai Adriano', a seleção brasileiro superou o segundo 'parto' nesta Copa. A seleção só fez gol no segundo tempo, após uma primeira etapa decepcionante. E foram justamente o criticado Ronaldo e Adriano que, numa co-produção, conseguiram desemperrar, ao menos temporariamente, a máquina do Brasil.

Depois de tanta crítica em todo o mundo, a equipe sul-americana sabia o que tinha de fazer. Antes do início da partida, pela primeira vez, o time das estrelas do Bayern Lúcio e Zé Roberto fez um círculo em volta de Ronaldo ─ que daria o passe para o primeiro gol ─ e fez o sinal da cruz.

Vontade bem que havia, mas os mágicos da bola só conseguiram exibir suas reais habilidades poucas vezes. O espaço estava apertado para os brasileiros, pois os fortes australianos souberam aproveitar sua superioridade física.

Spiegel Online: Brasil vai uma vez sem brilho

Segundo jogo, segunda vitória. No papel, o Brasil faz jus à sua fama. Em campo, entretanto, o defensor do título ainda tem problemas. Um desempenho regular bastou para a vitória contra a Austrália − desta vez também acompanhada de uma boa dose de sorte.

Kaká conseguiu se impor mais do que Ronaldinho no meio-campo. Também Ronaldo e Adriano mostraram muito mais engajamento do que no primeiro jogo.

Kölner Stadt-Anzeiger: Minimalismo canarinho

Guus Hiddink parece ser um grande amigo do futebol brasileiro. Ele parecia encantado assistindo ao último treino dos brasileiros antes do jogo. Quando eles se retiraram para as cabines, o holandês apertou a mão de cada jogador e Roberto Carlos ganhou até um beijinho.

Duas apresentações minimalistas garantiram ao pentacampeão a classificação às oitavas-de-final. Ao final do jogo, o treinador da Austrália disse se orgulhar da apresentação de sua equipe.

Já Ronaldo sofreu falta porque estava muito devagar, recebeu cartão amarelo por chutar depois do apito e desperdiçou uma chance de gol. Mesmo o sabe-tudo Ronaldinho tropeçou numa tentativa de drible. A emoção chegou só no segundo tempo, com o primeiro gol brasileiro.

Alguns minutos antes do apito final, então, os brasileiros mostraram a técnica de fazer gols. Não é de admirar que Parreira se mostrou aliviado em não depender do resultado do confronto com o Japão. Talvez no próximo jogo ele até dê folga a um ou outro titular. Por exemplo, o senhor Ronaldo.