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Ajuda chega a "enclave da fome" na Síria

11 de janeiro de 2016

Primeiros caminhões com 330 toneladas de comida e suprimentos médicos chegam a Madaya, onde moradores estariam se alimentando de folhas e carne de cachorro e gato. Mais de 30 morreram de fome.

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Foto: Getty Images/AFP/L. Beshara

Três caminhões transportando alimentos e suprimentos médicos finalmente entraram na cidade síria de Madaya, nesta segunda-feira (11/01), onde mais de 30 pessoas morreram de fome, segundo a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), depois de um cerco realizado durante meses por forças governamentais.

Depois de uma espera de quatro horas num posto de controle do governo, os primeiros caminhões do comboio de 40 veículos entraram na cidade pouco depois das 5h30 da manhã (horário local), comunicou o porta-voz da Cruz Vermelha, Pawel Krzysiek, que acompanhou a operação.

Simultaneamente, outros três caminhões com produtos de abastecimento entraram nas isoladas aldeias xiitas de Fua e Kefraya, no noroeste da Síria. Enquanto Madaya é isolada por forças do regime de Bashar al-Assad, com o apoio de combatentes da milícia extremista libanesa Hisbolá, as duas aldeias são controladas por rebeldes.

Uma fonte da organização de ajuda humanitária Crescente Vermelho Sírio afirmou que cerca de 330 toneladas de alimentos e assistência médica foram enviadas a Madaya – suficiente para durar aproximadamente 40 dias.

Localizada cerca de 25 quilômetros a noroeste de Damasco, a cidade está sitiada desde julho por forças leais ao ditador sírio. Em outubro houve uma entrega de ajuda humanitária. Segundo ativistas, os moradores estão sobrevivendo se alimentando de folhas e carne de cachorro e gato. A situação se agravou com a chegada do inverno.

Mais de 20 mil pessoas estão presas em Madaya, segundo os Médicos Sem Fronteiras. Mais cinco pessoas morreram devido à fome na última madrugada. Ainda segundo a organização, 23 pessoas morreram de fome num centro de saúde apoiado pelos MSF desde início de dezembro, incluindo seis crianças com menos de um ano de vida.

Comida e medicamentos chegam a Madaya

PV/dpa/afp/ap