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Enchentes no Paquistão

18 de agosto de 2010

As enchentes que atingem o país provocam ameaças de epidemia. Os hospitais estão superlotados. Observadores informam que começam a faltar medicamentos. Presidente paquistanês admite erros no combate à catástrofe.

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População luta contra fome e epidemiasFoto: AP

Segundo Mohammad Nawaz, médico enviado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para avaliar as necessidades prioritárias da região de Charsadda, no norte do Paquistão, os corredores dos hospitais da região estão lotados de pacientes.

Ainda de acordo com o representante da OMS, o tamanho do sofrimento é enorme. "Nós estamos fazemos tudo o que está ao nosso alcance – a necessidade é muito maior que nossa capacidade", explicou.

Urgência de medicamentos

DOSSIER Flut in Pakistan August 2010 Teil 1
As enchentes fizeram com que o sistema de esgoto transbordasseFoto: AP

Devido às chuvas o sistema de esgoto transbordou e aumentou os números de pessoas com diarréia, infecção ocular e alergia de pele. Também devido às enchentes, "há um grande risco de uma epidemia de cólera", disse à Deutsche Welle Jabar Hussein, do centro de coordenação de ajuda às vítimas da catástrofe na capital Islamabad.

Hussein informou que "precisamos comprar mais remédios, nossos estoques estão quase vazios. A comunidade internacional precisa ser avisada urgentemente". Os medicamentos colocados à disposição pela OMS partem da capital para às áreas atingidas, disse.

Desde o início das enchentes, na região de Charsadda há pouco mais de duas semanas, já foram registrados 27 mil casos de doenças, número que supera 14 vezes os atendimentos habituais. A enfermidade que mais atinge a população é diarréia.

Presidente reconhece erros

Kristalina Georgiewa, comissária européia para a Cooperação Internacional e Ajuda Humanitária, disse que, "enchentes já existem há cem anos naquela região e sempre acontece o mesmo. A União Europeia deve, rapidamente, criar uma estrutura mais eficaz para combater esse tipo de catástrofe".

Diante das críticas à falta de ajuda, o Banco Mundial anunciou, nesta terça-feira (17/08), um crédito de US$ 900 milhões de dólares (700 milhões de euros) ao governo em Islamabad.

Altamente criticado, o presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari, reconheceu, pela primeira vez, erros no combate à catástrofe. Em encontro com organizações de ajuda humanitária, Zardari admitiu que "tudo poderia ter transcorrido de melhor forma".

Em vez de cuidar do sofrimento da população de seu país, no início das enchentes, Zardari preferiu dar continuidade à sua visita europeia. Devido a isso, a popularidade de Zardari nunca esteve tão baixa entre seus conterrâneos.

LA/dw/apn
Revisão: Carlos Albuquerque

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