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Alemães iniciam ação antiterror na Somália

(ef)21 de março de 2002

Esquadrilha da Alemanha vai fazer até dez horas diárias de vôo de reconhecimento sobre a Somália, país sob suspeita de servir de refúgio para terroristas da Al Qaeda e talibãs.

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Soldado e avião alemães que vigiam a Somália a partir do QuêniaFoto: AP

Os três aviões de reconhecimento e 160 soldados da Alemanha, estacionados no Quênia, iniciaram os seus vôos de reconhecimento sobre Somália, nesta quinta-feira (21), como parte da luta antiterror.

A missão faz parte da operação Liberdade Duradoura iniciada pelos Estados Unidos depois dos atentados de 11 de setembro. O governo americano teme que a Somália e o Sudão possam oferecer refúgio aos terroristas da organização Al Qaeda de Osama Bin Laden.

Os aviões alemães, equipados com satélites e radares altamente sensíveis, vão fazer dez horas de vôo por dia sobre a Somália, informou o chefe da missão, general Knut Huk, em Mombasa. A esquadrilha deverá ficar baseada no Quênia até meados de 2002.

Por causa da inexistência de um governo com reconhecimento internacional, a longa costa da Somália é uma região problemática, segundo o general alemão. A tarefa do contingente das Forças Armadas alemãs (Bundeswehr) no Quênia é vigiar o Chifre da África e apoiar os 1200 soldados e três fragatas da Marinha alemã estacionados em Djibuti, que participam igualmente da operação Liberdade Duradoura, iniciada pelos EUA após os ataques a Nova York e Washington com saldo de quase três mil mortos. A partir de Djibuti, a Marinha alemã deve, em ação conjunta com navios britânicos, garantir a segurança da navegação e interromper o abastecimento de organizações terroristas.

Segurança marítima

- Os primeiros navios da frota alemã ancoraram nos portos de Djibuti no final de janeiro passado. Nesse meio tempo, 12 embarcações encontram-se na costa do leste da África, entre elas três fragatas, quatro navios de abastecimento e cinco lanchas rápidas.

A participação da Alemanha na guerra dos EUA contra o terrorismo internacional, aprovada pelo Parlamento em Berlim no final de 2001, prevê até 1800 soldados nas ações da Marinha e até 3900 no total. Oficialmente, só 100 soldados de elite estão participando da luta contra os combatentes da Al Qaeda e talibãs.

Baixas

- Até agora a Bundeswehr só sofreu duas baixas. Dois soldados alemães morreram junto com três camaradas dinamarqueses na explosão acidental de um míssil de fabricação russa, duas semanas atrás, em Cabul. Vários jornais alemães noticiaram nesta quinta-feira que eles queriam desmontar a arma para levar peças como souvenir para a Alemanha. Oficialmente, a causa do acidente permanece obscura. Quase mil soldados alemães integram a tropa internacional que garante a segurança em Cabul e redondezas.