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Alemanha cria centro para combater conflitos

(ef)24 de junho de 2002

A coalizão de governo social-democrata (SPD) e verde da Alemanha criou o Centro para Ações Internacionais de Paz, com a meta de prevenir e combater conflitos no mundo.

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Ludger Volmer: prevenção de conflito não pode fracassar por falta de pessoal treinadoFoto: AP

No centro, de sigla ZIF em alemão, sediado em Berlim, colaboradores, como juízes, administradores e observadores de eleições no exterior, vão preparar pessoal civil para ações no contexto da ONU, da Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) e da União Européia. A longo prazo, a Alemanha planeja participar com até três mil peritos nas missões internacionais de paz.

Durante anos, colaboradores civis foram enviados para regiões em conflito sem preparo especial e tinham que se arranjar sozinhos quando se deparavam com perigos ou se encontravam sob estresse psicológico. O diretor do Centro, Winrich Kühne, teve essa experiência como observador da União Européia nas eleições de 1994 na África do Sul. Ele presenciou um ataque da maior gravidade e tinha um aparelho de rádio, mas nem ele nem os colegas sabiam como funcionava.

Tais panes se acumularam na guerra de Kosovo, em 1999, e evidenciaram a necessidade de preparativos para missões de paz. A Alemanha não tinha pessoal civil especializado suficiente para prevenção de crise e nos países vizinhos a situação era semelhante. O Ministro de Relações Exteriores em Berlim começou então a planejar cursos para preparar civis para missões da UE, OSCE e da ONU.

O secretário de Estado do Ministério, Ludger Volmer, do Partido Verde, destaca a importância desses cursos esclarecendo que prevenção de crise não pode fracassar por falta de civis treinados em quantidade certa e no momento certo. A prevenção de crises está no topo das prioridades do governo de coalizão vermelho-verde como, por exemplo, na Macedônia, que esteve à beira de uma guerra civil.

O governo está consciente, segundo Volmer, de que não basta enviar soldados para regiões em crise, pois civis também contribuem para estabilização. E a partir de agora eles não só serão preparados antes de partir como também contarão com assistência quando estiverem em ação.

Outra tarefa do Centro será analisar sistematicamente as experiências. "É exatamente essa ligação dos preparativos, recrutamento, envio e análise que torna o Centro muito especial", diz, com orgulho, seu diretor Winrich.