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Alemanha faz pressão sobre o Iraque

3 de março de 2003

Berlim saúda disposição de divulgar informações sobre armas químicas e destruição de mísseis pelo Iraque, mas adverte que o processo deve ser acelerado. Fracassa reunião da OTAN para atender pedidos de defesa da Turquia.

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Iraque continua destruindo seus mísseis Al-Samoud-2Foto: AP

A Alemanha e a França exortaram o Iraque a colaborar plenamente com os inspetores de armamentos das Nações Unidas. Um porta-voz do Ministério alemão das Relações Exteriores disse em Berlim que a destruição dos mísseis Al-Samoud-2 é um passo positivo, que deve ser seguido por outras medidas.

Bagdá tem de fornecer o mais rápido possível as informações sobre a localização de suas armas biológicas, advertiu o porta-voz. O presidente francês, Jacques Chirac, por seu lado, defendeu a manutenção da pressão contra Bagdá, para assim garantir a destruição dos armamentos de forma pacífica.

Relatório sobre armas químicas

Enquanto prossegue a destruição de seus mísseis de alcance superior a 150 quilômetros, o Iraque prometeu um relatório sobre suas armas químicas e biológicas. Segundo o porta-voz das Nações Unidas em Bagdá, Hiro Ueki, o Iraque pretende apresentar, até o próximo dia 10, um relatório em que revela detalhes sobre o que aconteceu com armamentos destruídos há 11 anos.

O ex-coordenador de ajuda humanitária para o Iraque, o conde alemão Hans von Sponek, advertiu para a derrocada do sistema de abastecimento civil naquele país no caso de uma guerra no Iraque. Também a embaixadora do Fundo de Amparo à Infância das Nações Unidas (Unicef) Vanessa Redgrave, falou em Berlim sobre as dificuldades enfrentadas pelas crianças no país de Saddam Hussein.

A atriz britânica advertiu que 240 mil crianças iraquianas estão tão subnutridas, que necessitam de alimentação especial e assistência médica contínua para sobreviver.

Plano de defesa da Turquia continua com problemas

Numa conferência realizada na base militar da OTAN na Bélgica, nesta segunda-feira, os países membros da aliança militar divulgaram a forma como pretendem colaborar com a proteção da Turquia, para o caso de uma guerra na região. Um porta-voz da organização, entretanto, informou que nem todos quesitos puderam ser atendidos e que foi solicitado aos parceiros que reconsiderem suas possibilidades.

A Alemanha havia confirmado o envio de 46 mísseis antiaéreos do tipo Patriot e a participação de soldados da Bundeswehr (Forças Armadas) nos aviões de reconhecimento AWACS. Segundo informações não confirmadas, nem a Alemanha, nem seus parceiros teriam oferecido nova ajuda militar à Turquia. Enquanto isso, as forças armadas norte-americanas estudam o remanejamento estratégico de suas tropas na Alemanha e na Europa.

O comandante da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), o general norte-americano James Jones, disse nesta segunda-feira, em Stuttgart, tratar-se de medidas apenas para otimizar a atuação dos soldados e não conseqüências das atuais relações entre EUA e Alemanha.