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Alemanha frustrou 11 atentados desde 2000

29 de março de 2016

Polícia alemã estima em 470 o número de pessoas classificadas como potenciais ameaças no país. "Contamos com aumento do risco de ataques", diz chefe do Departamento Federal de Investigações.

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Policiais durante ação contra islamistas realizada em fevereiro em Berlim
Policiais durante ação contra islamistas realizada em fevereiro em BerlimFoto: Reuters/P. Zinken

Desde a virada do milênio, 11 ataques terroristas foram frustrados na Alemanha, de acordo com o chefe do Departamento Federal de Investigações (BKA), Holger Münch.

"Já podemos ver, pelo passado, que o islamismo radical também está presente aqui", afirmou, acrescentando que o sucesso está baseado "não só na sorte, mas também na boa cooperação entre as agências de segurança". Ele disse que atualmente não há indícios concretos de nova ameaça de ataque. "Mas estamos muito vigilantes."

Ele não quis revelar detalhes dos ataques frustrados e disse que vê na Alemanha um aumento da ameaça terrorista. "Podemos afirmar que a Europa, incluindo a Alemanha, está entre os alvos do terrorismo islâmico. Por isso, nós aqui na Alemanha contamos com aumento do risco de ataques."

Uma porta-voz do BKA deu, mais tarde, detalhes dos ataques, cujos alvos incluíram, entre outros, uma feira de Natal na cidade francesa de Estrasburgo em 2000 e um centro comunitário judeu em Berlim em 2002. Também foram citadas duas bombas que não detonaram em trens regionais em direção a Hamm e Koblenz.

Mais recentemente, forças de segurança alemãs frustraram um ataque na estação central de Bonn, antiga capital alemã, e um ataque contra um líder de partido regional no estado de Renânia do Norte-Vestfália, no oeste do país.

Münch explicou que o BKA – que tem atuação similar à do FBI – faz contínuas análises sobre possíveis conexões com os terroristas de Bruxelas e que, até agora, seu departamento só conseguiu descobrir "que a Alemanha foi usada como um país de trânsito e que não existem ligações diretas".

O presidente do BKA ressaltou que, entretanto, há no país pessoas relevantes que podem representar uma ameaça. "Avaliamos atualmente que há 470 desses potenciais agressores, e o número aumentou consideravelmente nos últimos anos."

MD/dpa/afp