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Alemanha luta pela cabeça-de-chave na próxima Copa

Soraia Vilela27 de novembro de 2001

Delegação do país critica os critérios de escolha da FIFA, defende diretrizes válidas a longo prazo e acredita que os anfitriões Japão e Coréia do Sul não merecem a posição de líderes de grupos.

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Vinte quatro horas antes da decisão final, que vai definir nesta quarta-feira os cabeças-de-chave da próxima Copa do Mundo do Japão e da Coréia do Sul, a delegação alemã ainda alimenta esperanças de conseguir um lugar ao sol. Sem demonstrar muito otimismo, o presidente da Confederação Alemã de Futebol, Gerhard Mayer-Vorfelder, fez severas críticas à política de informação da FIFA.

Para Mayer-Vorfelder, os critérios de escolha dos cabeças-de-chave não são transparentes. "Eu não entendo porque antes de toda Copa do Mundo é preciso procurar uma nova maneira de escolher os cabeças e toda vez tem essa armação de bastidores. Deveriam ser definidas diretrizes, que pudessem vigorar a longo prazo", desabafa o alemão.

Última hora - Poucas horas antes de chegar a Busan, na Coréia do Sul, a delegação alemã irritou-se ainda com o comitê de organização da FIFA, que só expôs os modelos de definição da lista dos oito grupos, com seus líderes, na última hora. "Alguns falam que têm quatro sugestões, outros sete. Pode ser que sejam até nove", especula Mayer-Vorfelder.

Seis dos oito cabeças-de-chave já estão definidos. Dois lugares vão ser preenchidos pelos anfitriões Japão e Coréia do Sul. Os campeões mundiais Brasil, França, Argentina e Itália, abocanham mais quatro. Dois cabeças ainda serão escolhidos. De acordo com a FIFA, os critérios para essa escolha são a posição atual no ranking mundial, além do sucesso das equipes em copas passadas. Para esses dois lugares, especula-se que Espanha e Alemanha possam ser os eleitos.

A delegação portuguesa já havia nesta terça-feira perdido as últimas esperanças. Apesar do time do país ser o quarto no ranking mundial (sete posições à frente da Alemanha), o presidente da Confederação Nacional de Futebol, Gilberto Parca Medail, não acredita nas chances de sua equipe. "Não acho que nossa posição atual seja suficiente. Parto do princípio de que a Alemanha vai ser a escolhida", afirmou Medail.

Mayer-Vorfelder, no entanto, defende antes a escolha do time português – "uma equipe realmente forte" - do que a dos anfitriões Japão e Coréia do Sul. "Eu não acho que é certo que os dois times sejam escolhidos", declarou o representante dos alemães.