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Comida de verdade

16 de julho de 2009

Ao comprar uma pizza, salada pronta ou um pacote de bolachas, o consumidor pode estar levando pra casa um produto que imita os ingredientes autênticos. Para evitar abusos, governo alemão vai criar regras para o setor.

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Autêntico ou análogo?Foto: AP

Nas prateleiras dos supermercados, eles se misturam aos alimentos preparados com ingredientes autênticos. Produtos alimentícios que usam extratos imitando o sabor e a aparência de ingredientes como queijo, presunto e chocolate passam quase despercebidos pelos consumidores.

A Alemanha debate agora formas de aumentar o rigor no mercado de alimentos análogos. Para a ministra alemã de Defesa do Consumidor, Nutrição e Agricultura, Ilse Aigner, informações enganosas e ambíguas nos rótulos de alimentos precisam ser levadas mais a sério. Nesta semana, o ministério alemão anunciou que planeja tornar mais rígidas as regras de identificação dos alimentos.

Guerra de preços incentiva análogos

Para Gert Lindemann, vice-ministro alemão que participou recentemente de um encontro com os ministros da Agricultura de países da União Europeia, um dos principais problemas para o consumidor é a dificuldade de reconhecer se os ingredientes são originais ou análogos.

Na hora de escolher uma pizza, por exemplo, o consumidor não consegue distinguir se o queijo ou o presunto são, de fato, genuínos. Ou se o aroma contido no iogurte é mesmo natural.

Na maioria das vezes esses produtos são mais baratos, sendo preparados à base de goma espessante, água, gordura vegetal, aroma e corante.

No ano passado, Aigner já havia tentado chegar a um acordo com a indústria alimentícia sobre essa questão, mas sem sucesso. "Para mim, o uso de análogos também está relacionado à guerra de preços", disse em entrevista ao jornal Passauer Neue Presse.

Difícil de desvendar o rótulo

Seniorin in einem Supermarkt in Österreich
Informação sobre origem do produto deverá ser estampada no rótuloFoto: BilderBox

Para prevenir quem vai às compras, a Central de Defesa do Consumidor de Hamburgo publicou uma lista na internet com as imitações mais comuns. O órgão adverte que, para se certificar da qualidade de um produto, o consumidor deve ler com atenção o rótulo que lista os ingredientes.

Se um alimento indica que é "preparado com queijo", por exemplo, o consumidor pode partir do pressuposto de que se trata de uma mistura de queijo e análogo. A mesma recomendação vale para bolachas recheadas; muitas vezes, o "recheio de chocolate" não passa de uma massa de açúcar e aromatizante.

Higiene é única restrição

As leis da União Europeia não fazem restrições à venda de alimentos análogos. No geral, eles podem ser comercializados, contanto que sigam as instruções de higiene.

Segundo especialistas, esse tipo de alimento não é prejudicial à saúde. No entanto, por não informarem claramente que os ingredientes são de qualidade inferior, prejudicam a relação de confiança entre a marca e o consumidor.

NP/dpa/afp

Revisão: Simone Lopes

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