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Alemanha reabre representação diplomática em Cabul

Estelina Farias27 de dezembro de 2001

O chefe da representação diplomática alemã no Afeganistão, Rainer Eberle, já serviu no Brasil como vice-cônsul em São Paulo.

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A representação diplomática da Alemanha em Cabul foi reaberta depois de algumas semanas de reconstrução do prédio da antiga embaixada na capital afegã. A capacidade é limitada mas funcional, segundo o chefe da equipe alemã Rainer Eberle, um diplomata que já foi vice-cônsul em São Paulo. Com a instalação de um sistema de telefone e fax por satélite, os diplomatas alemães podem manter contatos com o governo provisório afegão, dirigir projetos de ajuda humanitária e também preparar visita de delegações à Alemanha. Outra tarefa importante será apoiar os soldados alemães que vão participar da tropa de paz da ONU.

Apesar das transgressões e saques à noite, durante o toque de recolher entre 22 e 4 horas, a situação na capital afegã está "relativamente tranqüila", disse o diplomata alemão. "A população ainda não está segura de que tudo está bem", afirmou Eberle, destacando que o presidente interino desde sábado, Hamid Karsai, já conseguiu ampliar as bases políticas de sua administração.

Eberle se encontra em Cabul desde 7 de dezembro, quando começou a instalar a representação diplomática com meia dúzia de funcionários do Ministério do Exterior alemão. O enviado da União Européia (UE) ao Afeganistão, o alemão Klaus-Peter Klaiber, também reside e trabalha no mesmo prédio da ex-embaixada da Alemanha.

Ajuda

– O diplomata alemão se mostrou entusiasmado com a contribuição da comunidade internacional para a reconstrução do Afeganistão. A Alemanha colocou 100 milhões de marcos (US$ 45,22 milhões) à disposição para ajuda humanitária e outros 160 milhões para a reconstrução do país. A UE prometeu o equivalente a 200 milhões de marcos e a ajuda dos Estados Unidos corresponde às da Alemanha e da União Européia juntas.

O Afeganistão foi devastado pela guerra civil de 23 anos, secas contínuas e os ataques aéreos americanos e britânicos contra o já deposto regime talibã e a organização Al Qaeda de Osama Bin Laden, supostos responsáveis pelos atentados de 11 de setembro.