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Escândalo da dioxina

11 de janeiro de 2011

Centenas de animais terão de ser sacrificados depois que um teste indicou presença de dioxina nos porcos. União Europeia acompanha o caso e diz que bloco não compensará produtores prejudicados.

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Substância tóxica também encontrada em porcosFoto: picture alliance/dpa

O escândalo da contaminação da dioxina na Alemanha ganha, a cada dia, uma nova dimensão. Nesta terça-feira (11/01), a secretaria da Agricultura do estado da Baixa Saxônia (norte do país) informou que a substância cancerígena foi encontrada em grande concentração também em porcos.

O alerta foi dado depois que testes feitos com animais criados numa propriedade em Verden, na Baixa Saxônia, indicaram uma concentração de dioxina superior à permitida.

Uma avaliação feita numa outra propriedade também indicou a presença da substância nos porcos, mas num nível próximo ao tolerado, informou a secretaria da Agricultura. Outros testes deverão ser feitos no local, que permanece interditado.

Segundo o responsável pela propriedade onde foram encontrados os animais contaminados, a ração teria sido preparada no próprio local. A gordura adicionada à ração teria sido comprada de outro estabelecimento.

Status do escândalo

O porta-voz da secretaria da Agricultura da Baixa Saxônia, Gert Hahne, informou que na Baixa Saxônia serão analisadas, uma a uma, as 330 propriedades de criação de porcos, galinhas poedeiras e perus que continuam interditadas.

Nesta segunda-feira, autoridades da União Europeia disseram que alguns animais contaminados haviam sido exportados para a França e Dinamarca. Em decorrência do escândalo, a Coreia do Sul restringiu as importações dos produtos alemães, e a Rússia anunciou que estuda implementar medida semelhante.

Na comunidade

Em Bruxelas, representantes do governo alemão repassaram aos demais membros da União Europeia informações sobre o caso. Segundo um porta-voz da Comissão Europeia, a Alemanha ainda precisa responder a questões relacionadas à fonte da contaminação.

"Não haverá compensação da União Europeia porque não é dever do bloco resolver os danos", disse o porta-voz da Comissão, Frederic Vincent. Segundo a declaração de Vincent, os governos nacionais devem providenciar ajuda aos produtores afetados, mas a ação precisaria ainda passar por uma avaliação da Comissão Europeia.

Um grupo parlamentar alemão também deve discutir meios para tornar mais rígido e seguro o controle da indústria de ração para animais.

NP/dpa/ap/rts
Revisão: Roselaine Wandscheer