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Annan propõe governo de transição para encerrar conflito na Síria

28 de junho de 2012

Diplomatas ligados ao mediador das Nações Unidas dizem que proposta envolve membros do atual governo e da oposição e teria o apoio das potências do Conselho de Segurança, incluindo a Rússia.

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Foto: Reuters

O enviado especial das Nações Unidas para a Síria, Kofi Annan, está preparando uma proposta de governo de unidade nacional que incluiria membros dos dois lados do conflito no país, afirmaram nesta quarta-feira (27/06) diplomatas ligados a Annan às agências de notícias AFP e Reuters.

Essa seria uma nova tentativa para acabar com a violência na Síria, que já custou a vida de mais de 15 mil pessoas, segundo organizações humanitárias. Ativistas que acompanham o conflito afirmam que a semana passada foi a mais sangrenta desde o início dos protestos contra o governo do presidente Bashar al-Assad.

Segundo os diplomatas, as cinco potências do Conselho de Segurança das Nações Unidas (Estados Unidos, Reino Unido, França, China e Rússia) apoiam o plano de Annan, que deverá ser discutido neste sábado em Genebra, num encontro de ministros do Exterior convocado pelo mediador da ONU.

"Os termos usados no plano de Annan sugerem que Assad pode ser excluído, mas também que certas figuras da oposição podem ser postas de lado", disse um diplomata da ONU à AFP, ressaltando que não há nada no plano que automaticamente exclua Assad. Segundo ele, a aceitação do plano pela Rússia indicaria que o país estaria pronto para abandonar o presidente sírio.

Mas o embaixador da Rússia nas Nações Unidas, Vitaly Churkin, disse não haver garantias de que haja um acordo em torno da proposta de Annan. "O que quer Kofi Annan esteja preparando será a base para os debates dos ministros", declarou.

A Turquia, o Catar, o Kuwait e o Iraque também participarão do encontro. O Irã, aliado de Assad, e a Arábia Saudita, que apoia a oposição, não foram convidados. As Nações Unidas e a Rússia defendiam a presença do Irã, mas os Estados Unidos e a União Europeia foram contra.

AS/rtr/afp
Revisão: Francis França