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Argélia realiza eleições parlamentares em meio a promessas de mudanças

10 de maio de 2012

Urnas abriram com baixa participação em todo o país, apesar dos apelos do governo. Eleição é vista como termômetro da capacidade da elite dominante de evitar uma revolta popular nos moldes da Primavera Árabe.

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Bild Nr. 1 Titel: Tearing pictures of candidates for elections Beschreibung: Candidates for elections in Algeria capital 2012 ************ anbei sind 9 Bilder über Wahlen in Algerien · Alle Bilder sind von DW Korrespondent in Algerien (Bouadma), · wurden in 2012 aufgenommen, · wurden in Algerien aufgenommen, · sind von DW honoriert, · stehen alle zeitliche unbeschränkt für DW zu verfügen, und · sind für Bildergalerie für 10.05.2012 bestellt. Copyright ist (DW/ Bouadma) Schlagwörter: Algerien, Wahlen, arabische Welt.
Wahlen in AlgerienFoto: DW/Bouadma

Os argelinos vão às urnas nesta quinta-feira (10/05), enquanto as lideranças do país esperam que as eleições parlamentares afastem o temor de revoltas por parte da oposição, a exemplo do que acontece em outros países árabes.

O presidente Abdelaziz Bouteflika pediu aos argelinos para que compareçam em massa às urnas, mas as primeiras horas do dia foram marcadas por uma baixa participação dos eleitores. As eleições de 2007 contaram com uma participação de apenas 35%.

A participação nas eleições está sendo vista como um termômetro da capacidade da elite dominante de evitar uma revolta popular semelhante às que ocorrem no Egito, na Líbia e na Tunísia.

O slogan oficial da eleição, "A Argélia é a nossa primavera", foi adotado para encorajar uma transição ordenada em vez de uma revolução inspirada na Primavera Árabe. Tumultos violentos em janeiro de 2011 coincidiram com o início da insurreição na vizinha Tunísia, que levou à queda do presidente Zine el Abidine Ben Ali.

Bouteflika respondeu a essa agitação prometendo reformas, que incluem a permissão de 23 novos partidos políticos, a criação de novos assentos no Parlamento e 500 observadores internacionais para acompanharem a votação.

Mas, após receber os observadores da União Europeia e da União Africana, o governo negou a eles o acesso a listas eleitorais e alertou-os para que não sejam muito críticos com o processo eleitoral.

Oponentes dizem que as atitudes de reforma da elite dominante são superficiais e que ela não está preparada para renunciar ao poder.

Analistas afirmam que, pela primeira vez na história da Argélia, os islamitas deverão ser o maior grupo no Parlamento de 462 assentos. Em 1991, a Frente Islâmica de Salvação (FIS) estava prestes a vencer as eleições quando um golpe militar baniu o partido da política, levando o país a uma década de guerra civil.

AKS/ap/afp/rtr
Revisão: Alexandre Schossler