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Atentado mata procurador-geral do Egito

29 de junho de 2015

Responsável por condenação de vários islamistas morre após bomba explodir durante passagem de seu carro no Cairo. Ataque ocorre após radicais próximos ao "Estado Islâmico" convocarem ações contra autoridades judiciais.

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Foto: Reuters/M. Abd El Ghany

O procurador-geral do Egito, Hisham Barakat, foi morto num ataque a bomba, nesta segunda-feira (29/06), no Cairo. O explosivo, aparentemente colocado sob um carro, explodiu enquanto sua comitiva passava.

Barakat foi o promotor responsável por levar a julgamento milhares de partidários de Mohamed Morsi, presidente islamista deposto em julho de 2013 por golpe militar. Centenas foram condenados à morte desde então – entre eles o próprio ex-chefe de Estado.

Juízes e outras autoridades governamentais vêm sendo cada vez mais visados por radicais que se opõem ao atual presidente egípcio, o militar de carreira Abdel Fattah al-Sisi, e que se revoltaram com as penas de prisão severas impostas a membros da Irmandade Muçulmana, hoje ilegal.

Permanece incerto quem realizou o ataque. A pouco conhecida Resistência Popular de Gizé teria assumido a autoria do ataque, via Facebook. O grupo também publicou fotos, alegando serem do local do atentado.

Testemunhas contaram que a detonação foi forte a ponto de estilhaçar vidraças de estabelecimentos próximos. Uma grande coluna de fumaça preta e vários carros queimados foram vistos perto de uma fileira de prédios. O prédio onde Barakat trabalha já havia sido alvejado no início deste ano, quando uma bomba explodiu perto da Suprema Corte, no centro do Cairo, deixando dois mortos.

O atentado desta segunda-feira segue a convocação da Província do Sinai, um grupo egípcio que jurou lealdade ao "Estado Islâmico" (EI), para realizações de ataques contra o sistema judicial após o enforcamento de supostos militantes. No domingo, o grupo publicou um vídeo de um ataque que matou três juízes em maio.

PV/afp/ap/dpa/rtr