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Atentado suicida mata três soldados sauditas na fronteira com Iraque

6 de janeiro de 2015

Ataque é considerado o primeiro efetuado por terroristas do "Estado Islâmico" contra a Arábia Saudita, desde a adesão do reino à coalizão internacional liderada pelos EUA. Além dos militares, dois agressores morreram.

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Foto: Marwan Naamani/AFP/Getty Images

Quatro homens armados atacaram uma patrulha saudita na fronteira com o Iraque, nesta segunda-feira (05/01), matando três soldados e ferindo ao menos outros três. Além disso, dois dos agressores também morreram. O analista de segurança iraquiana, Mustafa Alani, afirmou que o atentado é considerado o primeiro do "Estado Islâmico" (EI) contra a Arábia Saudita.

"É o primeiro ataque do EI contra a Arábia Saudita. E é uma mensagem clara após a adesão saudita à coalizão internacional contra eles [os jihadistas]", disse Alani. No entanto, as autoridades sauditas foram mais cautelosas e classificaram o ataque como "terrorista".

Sob garantia de anonimato, pois não estaria autorizado a divulgar a informação, um oficial de segurança da Arábia Saudita relatou que os homens vieram do lado iraquiano. Os militantes abriram fogo contra soldados perto da cidade de Arar. No tiroteio, um dos extremistas foi morto. Em seguida, outro jihadista acionou um cinto com explosivos preso ao seu corpo. O atentado suicida matou três soldados saudistas. Os dois agressores restantes conseguiram fugir.

Embora nenhum grupo rebelde tenha até então reivindicado a autoria do ataque, as suspeitas apontam para o EI. A cidade de Arar fica em uma área remota da província de Anbar, completamente dominada pela organização terrorista. Além disso, é notório que o líder do EI, Abu Bakr Al-Baghdadi, ordenou ataques contra a Arábia Saudita em retaliação aos bombardeios efetuados pela coalizão liderada pelos EUA.

Este é o primeiro ataque com mortes ao longo da fronteira de 1.200 quilômetros da Arábia Saudita com o Iraque, desde que o reino se juntou à coalizão internacional responsável pelos ataques aéreos contra militantes do "Estado Islâmico" na Síria. O EI controla aproximadamente um terço dos territórios tanto da Síria como do Iraque.

PV/rtr/dpa/ap/efe