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Terrorismo

21 de janeiro de 2012

Em Kano, a segunda maior cidade nigeriana, atentados terroristas deixaram mais de 160 vítimas. A milícia islâmica Boko Haram assumiu a responsabilidade pelos ataques, definidos como "vingança" pelos militantes do grupo.

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Pelo menos oito prédios foram alvo de ataque dos milicianosFoto: Reuters

Neste sábado (21/01), foi confirmada a morte de pelo menos 160 pessoas no norte da Nigéria, após uma série de ataques coordenados a bomba em Kano, a segunda maior cidade do país, ocorridos em diversos locais na noite da sexta-feira (20/01), incluindo postos policiais e de imigração. A autoria dos atentados foi assumida pelo grupo radical islâmico Boko Haram. "Nossa campanha é contra o governo, contra a força da lei e contra a Associação Cristã da Nigéria, porque eles nos massacraram", declarou Abubakar Shekau, líder do Boko Haram.

Hafiz Ringim, diretor da polícia nigeriana, afirmou que serão conduzidas investigações sobre os "ataques bem coordenados" em Kano. As ruas da cidade de nove milhões de habitantes ficaram desertas neste sábado, após a determinação de um toque de recolher de 24 horas. A situação foi descrita como "desesperadora", com hospitais lotados e em dificuldades para tratar o alto número de feridos. Autoridades policiais confirmaram que oito prédios foram atacados, inclusive as sedes da polícia e do serviço secreto, além de três postos policiais. Os tiros se perpeturam até tarde da noite.

Carros e motos

Testemunhas afirmam que os explosivos foram jogados por adolescentes em motos, embora um dos ataques tenha sido causado por um homem-bomba que dirigia um carro. Seguranças do departamento de imigração foram mortos a tiro antes que explosivos fossem atirados ao local.

Nigeria Präsident Goodluck Jonathan
O presidente nigeriano, Goodluck JonathanFoto: picture-alliance/dpa

Cópias de uma carta, aparentemente escrita pelo grupo Boko Haram, foram distribuídas na cidade. Escritas no idioma local, elas contêm mensagens dizendo que os ataques seriam uma retaliação às prisões e mortes dos membros do grupo por parte da polícia.

O presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, reuniu esforços em uma força-tarefa de emergência, aumentando as revistas policiais nas casas e locais de trabalho dos supostos militantes do Boko Haram. O grupo islâmico defende a introdução da sharia, a lei islâmica, na Nigéria, um país dividido em termos religiosos entre cristãos no sul e muçulmanos no norte.

Os atentados recentes foram os piores dos últimos meses na Nigéria, sucedendo a uma série de ataques a igrejas no último Natal, que deixaram um total de pelo menos 40 mortos.

Autor: Richard Connor (sv)
Revisão: Francis França