Ativistas antiglobalização preparam protestos em Bruxelas
11 de dezembro de 2001Anúncio
Três dias antes do próximo encontro de chefes de Estado e governo da União Européia no Castelo Laeken, aos arredores de Bruxelas, manifestantes antiglobalização preparam novos protestos contra a política econômica da UE. Os ativistas esperam a participação de cerca de até 100 mil pessoas nas manifestações planejadas para as imediações da sede do encontro de chefes de Estado e governo na Bélgica.
Sugestões -
"Nós vamos às ruas em Bruxelas na luta por uma Europa mais solidária e contra a política econômica da UE", afirmou um porta-voz da organização Attac, uma das envolvidas nos confrontos ocorridos em Göteborg, na Suécia, e em Gênova, na Itália. A organização defende, entre outros, a criação de um imposto especial sobre lucros obtidos através da especulação financeira. A receita arrecadada com essa nova forma de impostos seria destinada aos países em desenvolvimento.Os objetivos político e econômicos da UE levam a uma desigualdade social ainda maior, segundo os ativistas. Nas palavras de Felix Kolb, porta-voz da Attac na Alemanha, "a UE deveria finalmente decidir-se por uma política social, ecológica e domocrática, dando assim uma nova forma ao processo de globalização".
Segurança -
A administração de Bruxelas prepara medidas extraordinárias de segurança em toda a região que cerca a sede do encontro de cúpula, como medida de precaução contra eventuais tumultos entre a polícia e manifestantes. Os moradores receberão permissões especiais para transitar na área. Diversas ruas serão bloqueadas e linhas de ônibus e metrôs desviadas da região. Comerciantes que atuam no nordeste da capital belga anunciaram que pretendem fechar seus estabelecimentos durante o encontro de cúpula. A polícia alemã enviou a alguns ativistas antiglobalização do país uma "carta de alerta", pedindo a eles que não viajem à Bruxelas a partir da próxima quinta-feira (13). Em alguns casos, o Estado pretende até mesmo impedir que os prováveis manifestantes se locomovam até à Bélgica. Os critérios de "escolha" dos nomes que serão sujeitos a essa medida mais drástica não foram divulgados pelas autoridades alemãs. Sabe-se apenas que trata-se de pessoas registradas como "potenciais manifestantes violentos" pela Polícia Federal do país.Anúncio