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Attac alemão promete interferir na campanha eleitoral

mw26 de maio de 2002

Desde os protestos de Gênova, em julho de 2001, número de associados ao movimento antiglobalização na Alemanha pulou de 500 para 6500.

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A repressão policial aos protestos em Gênova resultou em um mortoFoto: AP

Em reunião com 450 participantes, em Frankfurt, neste fim de semana, os militantes antiglobalização aprovaram uma reforma na estrutura da seção alemã da organização mundial, além de decidir interferir na campanha eleitoral deste ano.

O alvo da ação do movimento será principalmente o candidato da oposição conservadora, Edmund Stoiber (CSU). Segundo o Attac, o governador da Baviera pretende privatizar os sistemas de educação e saúde. Mas o governo social-democrata e verde de Gerhard Schröder também não escapará devido à "militarização da política exterior".

Crescimento

– A bandeira principal do Attac continua, porém, a taxação de transações financeiras internacionais, que inclusive dá nome à organização fundada na França em junho de 1998: Associação pela Tributação das Transações Financeiras em Apoio aos Cidadãos. O movimento tornou-se notícia em todo o mundo durante os protestos de rua em Gênova, quando os chefes de Estado e governo dos sete países mais ricos reuniram-se num navio diante do porto italiano. As manifestações transformaram-se em batalha campal com a polícia e acabaram deixando um morto.

Desde então, o Attac passou a aglutinar opositores da globalização em mais de 40 países. A associação também está organizada no Brasil. Na Alemanha, o movimento ganhou a adesão de 6 mil novos filiados. Ao todo, são 80 grupos organizados cadastrados, além de sindicalistas, ambientalistas, pacifistas, religiosos, socialistas e descontentes com os partidos governistas SPD e Verde.

Reestruturação

– O fluxo de novos filiados à seção alemã obrigou o Attac a reformar suas estruturas internas. O movimento manterá uma coordenação executiva, mas ganhou um conselho de 42 membros, que cuidará de seu orçamento e suas finanças. E a assembléia geral, responsável pelas diretrizes políticas, passará a se reunir duas vezes por ano. A reunião em Frankfurt decidiu ainda manter a necessidade de consenso nas resoluções do Attac alemão, ou seja, sempre com aprovação mínima de 90%.

Regulamentação e fiscalização democráticas dos mercados financeiros internacionais e perdão da dívida de países em desenvolvimento são também reivindicações do movimento.