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Autores de atentados na Baviera tinham contato com o EI

5 de agosto de 2016

Portal "Spiegel Online" diz que jovens que realizaram ataques em Würzburg e Ansbach, no sul da Alemanha, se comunicaram por bate-papo com supostos membros do "Estado Islâmico" no país do Oriente Médio.

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Refugiado afegão atacou passageiros de um trem regional nas proximidades de Würzburg
Refugiado afegão atacou passageiros de um trem regional nas proximidades de Würzburg, com machado e facaFoto: picture-alliance/AP Photo/K.-J. Hildenbrand

O portal alemão Spiegel Online afirmou nesta sexta-feira (05/08) que os autores dos recentes atentados nas cidades de Würzburg e Ansbach, na Baviera, tiveram contato com supostos membros do "Estado Islâmico" (EI) por meio de vários números telefônicos, inclusive da Arábia Saudita.

Segundo o portal, foi possível constatar isso a partir de trocas de mensagens às quais as autoridades tiveram acesso. O refugiado afegão Riaz Khan A., que em 18 de julho atacou passageiros de um trem nas proximidades de Würzburg, com um machado e uma faca, teria se despedido em um bate-papo com as palavras: "Nos vemos no paraíso".

Antes, porém, o contato do afegão teria sugerido que o jovem avançasse com um carro contra uma multidão, mas o refugiado, de 17 anos, rejeitou a possibilidade por não ter carteira de motorista. Em vez disso, ele respondeu que entraria num trem e atacaria os primeiros passageiros que visse pela frente.

Já no caso do refugiado sírio Mohammad D., que morreu ao detonar uma bomba caseira na entrada de um festival de música em 24 de julho, em Ansbach, as autoridades acreditam que a morte dele foi um acidente.

Segundo o Spiegel Online, presume-se que ele tenha deixado a mochila com explosivos próxima de uma aglomeração de pessoas no festival e que pretendia, então, detonar a bomba à distância.

Um contato no bate-papo pediu que Mohammad D. filmasse a ação e enviasse o vídeo ao EI. No entanto, a bomba aparentemente explodiu antes do previsto, matando o jovem e ferindo outras 15 pessoas.

Nos bate-papos, fala-se que Mohammad D. iria realizar outros ataques posteriores, o que foi corroborado por um vídeo gravado por ele e pelo fato de investigadores terem encontrado mais material para a construção de bombas em sua casa.

FC/dpa/ots