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Avião militar ameaça coalizão de governo

(ef)14 de março de 2002

Chefe de governo alemão, Gerhard Schröder, proibe deputado verde de atacar o plano de aquisição de 73 aviões militares com ameaça de acabar com a coalizão governamental entre os partidos social-democrata (SPD) e Verde.

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Gerhard Schröder ameaça os verdes com rompimento da coalizão.Foto: AP

O chanceler federal da Alemanha e presidente do Partido Social Democrático (SPD), Gerhard Schröder, ameaçou o Partido Verde com um rompimento da coalizão de governo, por causa da resistência de parceiros verdes em liberar dinheiro para compra de 73 aviões de transporte militar do tipo A400M. O chefe de governo telefonou para o líder do PV no Parlamento em Berlim, Rezzo Schlauch, na segunda-feira (11), e proibiu o perito do partido em orçamento, deputado Oswald Metzger, de fazer novos ataques ao maior projeto militar da Alemanha no âmbito da União Européia.

"Se o Metzger não acabar com os ataques, eu boto vocês para fora do governo", teria dito Schröder ao líder verde, segundo noticiaram os jornais Rheinpfalz e Sttutgarter Zeitung, nesta quinta-feira (14). O Departamento Nacional de Imprensa confirmou o telefonema entre Schröder e o líder do PV, mas contestou o conteúdo da conversa. O ministro do Exterior, Joschka Fischer, do Partido Verde, concorda com as críticas do chefe de governo à sua legenda. O chefe da diplomacia disse aos dois jornais que nunca vira tanto confronto entre parceiros de coalizão.

Metzger e outros dois deputados verdes responsáveis por questões orçamentárias ameaçaram rejeitar o plano de aquisição dos aviões militares. Um dia depois de Schröder ter ameaçado com o fim da coalizão, o SPD e o PV concordaram, em princípio, com uma solução conjunta para o projeto militar. Sob forte pressão dos verdes, o ministro da Defesa, Rudolf Scharping (SPD), está negociando com os parceiros europeus uma eliminação da cláusula do contrato de compra dos 73 Airbus em que a Alemanha se compromete a pagar indenização caso reduza sua encomenda. Os verdes rejeitam esta cláusula de forma categórica. França, Grã-Bretanha, Bélgica, Luxemburgo, Espanha e Portugal participam do projeto Airbus.

A parcela inicial de 5,1 bilhões de euros (US$ 4,49 bilhões) para a compra dos primeiros aviões tem de ser liberada pelo Parlamento em Berlim até o final deste mês. O dinheiro que ainda falta para o resto dos Airbus deverá sair do orçamento de 2003.