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Banqueiro não vê sinal de recuperação nas bolsas

(am)27 de julho de 2002

Após as quedas dramáticas nos mercados de ações em todo o mundo, não há perspectiva de nova alta a curto prazo.

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Bolsa de Frankfurt: recuperação pode demorarFoto: APTN

Num artigo escrito para o semanário Bild am Sonntag, Rolf Breuer afirma que a almejada recuperação da conjuntura econômica mundial poderá tardar mais e ser mais fraca do que esperam os analistas. O banqueiro advertiu, porém, contra qualquer tipo de pânico.

Segundo ele, as poupanças entregues à administração dos bancos alemães não correm qualquer risco: "Navegamos em mar revolto no momento, mas os bancos alemães são suficientemente fortes para enfrentar esse temporal. Por isto, eu advirto contra o pânico."

Reações exageradas

Rolf Breuer, que também é presidente do Conselho Fiscal do Dresdner Bank, afirma que os mercados de ações se deixaram levar por reações exageradas nos últimos dias. Nem todos os boatos correspondem à verdade e muitas empresas sólidas sofreram quedas injustificadas de cotação das suas ações.

Na sua opinião, ainda não se pode prever uma reversão de tendência, com nova alta nas Bolsas de Valores. No entanto, afirma Breuer, uma crise depuradora também pode significar uma nova chance. "As empresas com um gerenciamento e funcionários engajados criarão, também desta vez, a base para um crescimento futuro", escreveu o banqueiro.

Pouco risco de fraudes

Também o ministro alemão das Finanças, Hans Eichel, manifestou-se sobre a crise do mercado de ações. Numa entrevista ao semanário Welt am Sonntag, ele abordou a questão das fraudes de balanços, descobertas nos Estados Unidos nas últimas semanas.

Segundo Eichel, não há risco da ocorrência de casos semelhantes na Alemanha: "As nossas regras são mais voltadas para a estabilidade e a solidez, e pretendo mantê-las. Quem acha que deveríamos copiar os EUA, faria melhor falando baixo."

Apesar disto, o ministro anunciou regulamentos mais rigorosos de garantia para os clientes, principalmente quanto à obrigatoriedade de cumprimento das promessas feitas nos prospectos publicitários. E, caso necessário, Eichel declarou-se disposto a intervenções drásticas, "a fim de garantir um funcionamento limpo dos mercados capitais".