1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Base social-democrata quer derrubar Schröder

sm6 de agosto de 2004

Um e-mail interno do Partido Social Democrata incitando à destituição do chanceler federal se junta a mostras de insatisfação por parte de dois dos maiores sindicatos alemães.

https://p.dw.com/p/5Par
Gerhard Schröder perde prestígio por causa de política de reformasFoto: AP

Um apelo de membros da base do Partido Social Democrata (SPD) pela destituição do chanceler federal Gerhard Schröder causou grande inquietação entre seus correligionários. O secretário-geral do partido, Klaus Uwe Benneter qualificou o documento divulgado por e-mail como "vergonhoso e sem nível", defendendo o chefe de governo do que chamou de "uma tentativa maldosa de difamação".

O documento citado na edição de quinta-feira (05/08) do jornal Hannoversche Allgemeine diz, entre outras coisas: "Schröder tem que cair fora – queira ou não queira".

Críticas ao retrocesso social

Paralelamente a isso, os líderes sindicais Jürgen Peters e Frank Bsirske voltaram a manifestar crítica à política da coalização social-democrata e verde, em cartas dirigidas ao presidente do SPD, Franz Müntefering.

Os social-democratas que iniciaram a campanha contra Schröder pretendem exercer influência sobre os candidatos às próximas eleições estaduais e municipais, a fim de que eles se posicionem abertamente contra a política de reformas do governo.

"Nós nos voltamos contra o inacreditável retrocesso social de que seremos vítimas", acusa o documento. Com a "teimosia irresponsável" de Schröder, o SPD estaria "fadado à derrocada"; daí a importância de uma mudança de governante.

Convenções seguram Schröder

A iniciativa da campanha anti-Schröder partiu de um encontro regional dos social-democratas da Renânia do Norte-Vestfália, ocorrido em Colônia no dia 10 de julho passado. Segundo o secretário-geral Uwe Benneter, o documento teria partido de quem se ressente de não desempenhar nenhum papel dentro do partido.

Para ele, quem escreve uma coisa dessas só estaria dando força à oposição e sabotando o trabalho da social-democracia alemã. Benneter reiterou que a legitimidade de Schröder, da cúpula do SPD e de sua respectiva política foi confirmada "em inúmeras convenções do partido".

Sindicatos contra reformas

O presidente do sindicato dos metalúrgicos IG-Metall, Jürgen Peters, reiterou em sua carta a Franz Müntefering que continua achando o programa de reformas Agenda 2010 "economicamente errado e socialmente injusto". Entre as expectativas de grande parte dos adeptos do SPD e a prática política da cúpula existiria "um imenso abismo".

O presidente do sindicato de serviços Verdi, Frank Bsirske, considera a Agenda 2010 "socialmente unilateral e economicamente prejudicial". "Sua falta de êxito e o nítido aumento da injustiça social estão gerando cada vez mais incompreensão e revolta justamente entre adeptos do SPD". Tanto Bsirske quanto Peters saudaram a proposta de um intercâmbio de informação mais intenso feita por Münterfering.