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Leverkusen sem brasileiros

6 de julho de 2007

Pela primeira vez em 20 anos, nenhum jogador brasileiro faz parte do elenco da equipe, que era um tradicional reduto dos craques verde-amarelos na Alemanha.

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O zagueiro Juan, um dos últimos remanescentes, foi para a RomaFoto: dpa - Report

Pela primeira vez desde 1987, o Bayer Leverkusen inicia uma temporada sem nenhum jogador brasileiro no elenco: Athirson, o último remanescente da nação pentacampeã mundial, deixou a equipe nesta semana. Antes dele foram embora Roque Júnior e Juan, este para a italiana Roma.

A quebra de uma tradição de duas décadas é tanto mais surpreendente porque o Leverkusen sempre teve a fama de ser o "clube dos brasileiros" na Alemanha, além de ter sido o primeiro clube alemão a trazer um craque canarinho para o seu elenco: o pioneiro Tita, contratado em 1987.

Lucio, Bayern München gegen Borussia Dortmund, 5. Spieltag Bundesliga
Lucio, ex-Bayer Leverkusen, hoje no Bayern de MuniqueFoto: AP

É surpreendente também porque craques como Jorginho, Paulo Sérgio, Zé Roberto, Émerson e Lúcio se mostraram apostas acertadas e ajudaram o Leverkusen a se manter no nível dos clubes que disputam competições internacionais. Para o jornal Kölner Stadt-Anzeiger, de Colônia, trata-se do fim de uma era.

Essa é também a opinião do ex-dirigente do Bayer Leverkusen Reiner Calmund, principal responsável pela "política" de contratar brasileiros. "Esse tempo se foi", comentou em entrevista ao site da rede de televisão ARD.

Muito caros

Keyplayer Saison 2005/06 Bayer Leverkusen Athirson
Athirson não emplacou no Leverkusen e volta ao BrasilFoto: dpa

Calmund tem uma explicação simples para o Leverkusen não ter nenhum brasileiro no seu plantel para a próxima temporada: eles se tornaram muito caros. "Ficou cada vez mais difícil contratar jogadores de lá. Jogadores brasileiros se tornaram muito caros porque eles têm uma boa fama em todo o mundo. Quando comecei a me interessar por eles, isso era um pouco diferente."

O ex-dirigente lembra que Tita custou 500 mil marcos em 1997, uma bagatela perto dos preços atuais. Já o atual gerente do clube, Michael Reschke, diz que a ausência de brasileiros é apenas "acaso", mas ele concorda que a atual situação não é mais a mesma de 20 anos atrás.

"Continuamos observando com cuidado o mercado brasileiro, mas com o passar do anos ele se tornou cada vez mais difícil", declarou ao Kölner Stadt-Anzeiger. Já para o diretor esportivo, Rudi Völler, a ausência é apenas temporária: "Tenho quase certeza de que teremos um brasileiro na equipe em 2008", afirmou. (as)